tag:blogger.com,1999:blog-7515035826221023111.post4211307012015157414..comments2023-06-13T05:44:26.850-03:00Comments on Prioridade Educação: Creches: Expandir vagas conveniadas pode ser grave retrocessoUnknownnoreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-7515035826221023111.post-61867919638320921392011-12-22T10:56:40.322-02:002011-12-22T10:56:40.322-02:00Se não há contradição, há falta de clareza. Pelo m...Se não há contradição, há falta de clareza. Pelo menos na parte que foi publicada.<br /><br />Sei que o movimento defende que as verbas públicas devem ser destinadas às instituições verdadeiramente públicas. Sei também que é preciso haver uma transição entre o modelo que vivemos hoje e o que é almejado, pois a estrutura pública existente não é suficiente para atender a demanda; muitas unidades públicas têm péssima qualidade; ... nada disso é novidade. O movimento debate e defende isso faz muito tempo.<br /><br />O problema e querer dar “respostas dialéticas” é não deixar claro aquilo se quer, aquilo que se defende. Não se trata de ser maniqueísta ou não. O que me deixa atordoado é a falta de clareza, de objetividade.<br /><br />Eu, por exemplo, defendo que a Educação e a Saúde deveriam ser unicamente pública. Em todo o país. Não deveria haver qualquer tipo de concessão. Somente assim aqueles que determinam a destinação de recursos para estas áreas olhariam com mais carinho para elas.<br /><br />Outra coisa que defendo é que as ONGs, como os nome diz, não poderiam receber qualquer tipo de recurso público. Para ser “NÃO” governamentais teriam que ser bancadas exclusivamente por recursos privados, não-públicos. E os recursos doados a esse tipo de instituição não poderiam ser descontados no IR. Caso contrário elas apenas substituem o governo, tomam lugar do governo, fazem aquilo que o governo teria que fazer, mas não faz. Se querem fazer, tudo bem, mas façam com verba exclusivamente privada.<br /><br />Na educação deve acontecer a mesma coisa. Instituições que queiram prestar o serviço de creche, que prestem, mas com dinheiro privado.<br /><br />É preciso haver um período de transição até que isso ocorra? Não resta dúvida!<br /><br />Ou seja, em nenhum segmento deve haver substituição do governo por instituições “não governamentais”, “não-públicas” (leia-se privadas).<br /><br />Se não aceitamos “conveniamentos” de creches, não temos que aceitar qualquer outro tipo de “desvio” de recursos públicos para instituições não-publicas. Isso é coerência. Sei que muita gente pode dizer que é extremismo. Mas, em minha opinião, esse é o modo de ver de quem quer puxar a sardinha para seu lado.Paulo Flores (Lobinho)https://www.blogger.com/profile/04156084833144915214noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7515035826221023111.post-35700670432196671302011-12-21T16:21:40.522-02:002011-12-21T16:21:40.522-02:00Ela apresenta a realidade, nem tudo que é convenia...Ela apresenta a realidade, nem tudo que é conveniada é “inferno”, nem tudo que é público é “céu”. Precisamos ser coerentes com o que é a realidade, desde que não percamos o modelo que almejamos construir no futuro. Só se avançará rumo a outro modelo, se tivermos clareza dos princípios, valores etc. ao mesmo tempo em que soubermos lidar com aquilo que temos no presente. Reconhecer algo, não é necessariamente defender um modelo.Vanessa Ramoshttps://www.blogger.com/profile/04693463341844809294noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7515035826221023111.post-1456778222459902322011-12-21T16:20:42.120-02:002011-12-21T16:20:42.120-02:00- Ela não se contradiz na entrevista, mas sua fala...- Ela não se contradiz na entrevista, mas sua fala expressa a contradição do processo que se encontra em discussão. É uma fala ampla, que apresenta os dois aspectos. A sua defesa não é pelo conveniamento com creches privadas, contudo, falar da extinção dos conveniamento é também refletir o quanto isso afetará, em especial, os mais pobres, a classe trabalhadora nesse momento. O quanto afetará em relação à oferta, porque o poder público ainda não está preparado para assumir isso, para ampliar a oferta. É uma discussão importante porque se nesse momento o conveniamento continua, também é preciso pensar o que queremos para o futuro. E então, a defesa de grupos, movimentos, sindicatos etc. é que no futuro, a educação ofertada aconteça não através de repasses de verba pública para instituições privadas (as conveniadas), mas na direção da destinação de verbas públicas para a educação e oferta públicas. <br /> <br />As respostas são dialéticas, não há como responder “absolutizando”, dando respostas maniqueístas. Deise expressa a realidade, o posicionamento e as contradições atuais, o que nem sempre é comum, porque o exercício da dialética é muito difícil. <br /><br /> - quando diz “pode ser” ela expressa uma possibilidade, dado o contexto de debates desde a Conae, em 2010, em que os apontamentos e sugestões estavam relacionados à ampliação da oferta de vagas pelo poder público e não através de repasse público a creches privadas. <br /><br />- Isso, ela lamenta que as proposições de emendas relacionadas ao assunto, as quais foram enviadas ao relator, não entraram no parecer. O seu posicionamento (como professora ou membro do Fórum) se coloca como a defesa do fim dos convênios, contudo, faz uma avaliação de que isso deve acontecer ao mesmo tempo em que não se pode fechar os olhos para a forma como isso irá acontecer. A grande questão nas respostas, em momentos diferentes, é a maneira como as coisas estão sendo feitas e os limites do poder público. <br /><br />- Ela faz uma contextualização histórica, ao passo que não fecha os olhos para as condições precárias ofertadas através do poder público. A defesa da oferta pública, com repasses públicos etc. está relacionada com a defesa da qualidade. O que mais adiante ela traz em sua fala (em outra resposta), quanto ao perigo de “santificar” determinadas coisas ou “demonizar” outras. <br /><br />Além disso, há muitas instituições comunitárias que prestam um trabalho de qualidade melhor que o do poder público. Mas ao mesmo tempo é preciso um posicionamento político sobre qual modelo queremos; ter clareza em nossas mentes e ações, como um projeto popular de sociedade, como que modelo de educação, afinal, nos dá autonomia e soberania como país. <br /><br />Uma coisa é reconhecer os limites e os problemas na área da educação, outra questão é estabelecermos o modelo que desejamos, para onde serão destinadas as verbas públicas, quem fará a gestão da mesma (convênios?) e como faremos um controle social realmente adequado. O que parece mais coerente é que os movimentos sociais se posicionem numa luta (construída todos os dias) a favor da educação pública, com financiamento público. <br /><br /><br />Deise é dialética. Reconhecer o fato histórico e a conjuntura atual é ser leal à realidade em que vivemos. <br /><br />- Ela critica os convênios, o tipo de convênio e a qualidade. Isso tudo! Ao mesmo tempo, critica os limites da oferta pública – ela é realista. Se não houver crítica, como melhorar isso quanto ao poder público? <br /><br /><br />- É porque existem conveniadas que fazem um trabalho adequado, coerente, de aprofundamento e crítica. Da mesma forma, não podemos condenar todas as Ongs do Brasil, generalizando todas, colocando todo mundo no mesmo caldeirão... Como tem acontecido hoje com a criminalização das Ongs.Vanessa Ramoshttps://www.blogger.com/profile/04693463341844809294noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7515035826221023111.post-5876183826470412102011-12-21T07:04:47.771-02:002011-12-21T07:04:47.771-02:00Oi, Van!
Ou a correria do final de ano está me dei...Oi, Van!<br />Ou a correria do final de ano está me deixando louco, ou a Deise se contradiz na entrevista. Confesso que fiquei atordoado. Ela defende ou não os convênios?<br /><br />- Pelo título, ela é contrária (“pode ser um grave retrocesso”);<br />- Na primeira resposta, ela lamenta a rejeição de emendas que suprimiam o dispositivo de conveniamento, sob a alegação de que poderia haver prejuízo às crianças e mães, devido à falta de vagas (retrocesso). Na própria primeira resposta ela diz que propostas, como a do Fórum Permanente de Educação Infantil do Rio de Janeiro (do qual ela, mais a frente se coloca como sendo membro), condicionam o fim dos convênios à efetiva criação de vagas verdadeiramente públicas. Mais a frente, na quarta resposta, ela volta afirmar “Entendemos que não se pode defender o congelamento sem um estudo do atendimento às demandas, por parte do poder público, sob o risco de que a falta de oferta possa afetar a vida de milhares de crianças”;<br />- Pelo que entendi, na segunda resposta, ela diz que as unidades conveniadas foram instituídas com a concepção de que à classe trabalhadora, qualquer coisa serve (baixa qualidade), valorizando em um primeiro momento a qualidade das unidades públicas, mas, logo em seguida, diz que a oferta pública “está longe dos padrões de qualidade que hoje defendemos”;<br />- A terceira resposta, foi a que mais me atordoou. Ela diz: “demandamos que a extinção do convênio esteja condicionada ao aumento de oferta pelo poder público”. O que ela critica são os convênios feitos? O tipo de convênio feito e a qualidade das instituições conveniadas? Diga-se de passagem, com transferência de recursos públicos. É isso? Mas, as públicas, segundo ela, também não têm qualidade;<br />- Na penúltima resposta ela chega a defender as creches conveniadas ao afirma que “A criminalização da pobreza produz um olhar de “desconfiança” para as entidades conveniadas como se todas fossem, por princípio, usurpadoras do bem público”.<br /><br />Você consegue esclarecer esses pontos? Estou atordoado.Paulo Flores (Lobinho)https://www.blogger.com/profile/04156084833144915214noreply@blogger.com