Incrível também é ver que, somente o avanço tecnológico não é capaz de superar a falta de distribuição de renda e a diferença entre as classes sociais.
Os dados preliminares apontam que 14 milhões de brasileiros acima dos 15 anos não sabe ler nem escrever. Isso não é pouco. Representa 9,6% da população, que agora chega a 190 milhões de pessoas.
É claro que, com tamanha desigualdade de distribuição de renda, a maioria dos analfabetos do país está no Nordeste. Sozinha região concentra 53,3% dos analfabetos brasileiros (7,43 milhões de pessoas). Lá, o índice de analfabetismo é de 19,1%. Em Alagoas chega a 24,3%.
Se olharmos os dados de 2000 veremos que houve uma grande melhora. O Censo daquele ano apontava que 33,4% da população de Alagoas eram analfabetos. Veremos também que as regiões Nordeste e Norte, que têm os piores índices são as regiões que apresentaram, percentualmente, as maiores quedas do analfabetismo.
Mas, ao analisarmos os dados do Censo de 2010, veremos que as disparidades ainda são enormes entre os estados mais pobres e mais ricos da Nação e mesmo entre as áreas rural e urbana.
Quanto tempo mais vamos ter que esperar para que o desenvolvimento econômico e tecnológico do país proporcione também o desenvolvimento social? Quanto tempo mais vamos ter que esperar para que não haja tanta diferença entre as classes sociais? Mostram o “doce” para a “criança” e não querem que ela fique com vontade de comê-lo. Depois reclamam dos furtos e roubos nos semáforos.
Taxas de analfabetismo
2000 | 2010 | |
Brasil | 13,6% | 9,6% |
Norte | 16,3% | 11,2% |
Nordeste | 26,2% | 19,1% |
Centro-Oeste | 10,8% | 7,2% |
Sul | 7,7% | 5,1% |
Sudeste | 8,1% | 5,5% |