O mundo está desabando, mas o importante é seguir o currículo!
Em que universo vivem a maioria dos gestores escolares da rede pública estadual de SP? As escolas estão sem impressora, sem papel higiênico e, em alguns casos, sem giz!! Sim, eu disse sem giz. O governo passou um facão no começo do ano, cortando uma grande parte dos coordenadores. Estamos há dois anos sem reajuste salarial, nosso plano de carreira é inexistente, as condições de trabalho são cada vez mais difíceis, situação essa que também os atinge diretamente.
Mesmo diante de uma situação caótica, desumana e de extrema proletarização de nossa condição, esses caras defendem sistematicamente a politica do governo. Esvaziam toda possibilidade de emancipação e autonomia dos docentes, funcionários e estudantes. Professores e alunos que procuram se organizar na escola e oferecer resistência aos desmandos tucanos, são imediatamente repreendidos, chamados de radicais. Não percebem que radical é o estado. É o estado que nos mutila diariamente.Tentam silenciar os poucos professores de luta a todo custo. Secundaristas que ocuparam as escolas são perseguidos e criminalizados.
O mais impressionante de tudo é o preço aceito para rasgarem todas suas convicções (se é que algum dia as tiveram).
R$852,00, uma cadeira confortável e uma garrafa de café quente e bolacha de água e sal sobre sua mesa, compram a fidelidade dessas pessoas, que passam a reproduzir como um mantra o discurso que sai das bocas de dirigentes regionais e supervisores de ensino. A busca por uma educação emancipatória, que vise o exercício pleno da cidadania, tão evocado nos PCNs, dá lugar à capitulação.
Por uma esmola, atiram Paulo Freire diariamente na lata do lixo.
nem todos!
ResponderExcluirConcordo Carlos Alberto Ribeiro! O texto do Colega Christian Longuin não é generalista. Tem a intenção de alertar para um quadro perigoso dentro da Rede Estadual Paulista que por ser muito grande há diversidade de visões como você bem alertou em seu comentário.
ResponderExcluirParabéns pelo texto, falou tudo.
ResponderExcluirParabéns pelo texto, falou tudo.
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