domingo, 20 de dezembro de 2015

Ocupações nas escolas - Alunos da Rede Estadual de São Paulo salvam os cargos e contratos de milhares de Professores Paulistas

          Depois do momento histórico das ocupações de mais de 200 escolas da Rede Estadual Paulista poderíamos relatar todo o histórico com um texto que sintetizasse esses mais de 30 dias de ocupações, com vários links que remeteriam a outros hipertextos.  
          Todavia, o vídeo "Anjos Rebeldes" produzido pela TV Brasil no programa "Caminhos da Reportagem" relata de forma bastante abrangente e detalhista os vários desdobramentos das ocupações realizadas a partir de novembro. Então, o publicamos aqui no Blog Prioridade Educação para não perdermos o registro da história dessa reportagem. 

           O resultado de toda essa mobilização dos estudantes foi a preservação de milhares de cargos e contratos de Professores que ficariam adidos (concursados) e desempregados (contratados) respectivamente. Cremos que o discurso revanchista de alguns professores como "agora eles estão dando valor para a escola?" , "esses alunos são hipócritas" entre outras declarações infelizes de Professores reacionários não cabem neste momento histórico para a Educação Paulista que apesar de um ano totalmente perdido com reajuste 0% e salas superlotadas tivemos no apagar das luzes alunos de forma até heroica salvarem os cargos e contratos de milhares de Professores da Rede Estadual de São Paulo pelo menos por mais um ano já que o Governador adiou apenas por enquanto a reorganização que traria desemprego aos Professores.

          Segue abaixo o resumo e o vídeo:

"O ano em que os estudantes da rede pública de São Paulo entraram para a história.


Tudo começou com o anúncio de uma reforma no ensino da rede pública estadual. Uma reorganização, para usar o termo do governador Geraldo Alckmin, que prevê o fechamento de 94 escolas, a transferência de 311 mil alunos para outras unidades e a formação de ciclo único em outras 754.
O Caminhos da Reportagem “Anjos Rebeldes” mostra que entre a teoria da reforma – melhorar o desempenho dos alunos da mesma faixa etária e otimizar os prédios com ociosidade – e a prática para pais, alunos e professores, existe um abismo.
As famílias alegam problemas de deslocamento e a impossibilidade mais evasões da escola. Especialistas discordam das medidas por acharem que a separação por ciclos limita o aprendizado e a convivência entre estudantes.
O maior protesto foi dos alunos que ocuparam cerca de 200 escolas e mostraram que são capazes de uma mobilização, esta sim, organizada.
Durante quase um mês, os estudantes contaram com o apoio de pais, professores e voluntários. Os alunos da rede pública tiveram contato com aulas de conteúdos que não estão na grade curricular de ensino: racismo, sistema carcerário, igualdade de gênero, além de shows, teatro e saraus de poesia.
“Anjos Rebeldes” acompanha também a violência da polícia militar contra estudantes e professores que protestaram dentro e fora das escolas. Tiro, porrada e bomba contra aqueles que questionam o atual sistema de ensino."







Nenhum comentário:

Postar um comentário