No dia 22 de setembro de 2015 o Secretário Estadual de Educação de SP, anunciou no Jornal Bom Dia São Paulo , a reorganização da Rede Estadual Paulista. Entre as principais medidas está a de organizar os alunos por faixa etária nas suas respectivas escolas. Esse anúncio gerou indignação nos Sindicatos de Professores que reprovaram tal medida que no passado significou a demissão de milhares de Professores e agora está causando grandes manifestações nas ruas dos alunos e pais em todo o Estado de São Paulo, porém os Professores da Rede Estadual (maiores prejudicados com a medida) estão inertes a aguardando os acontecimentos.
No início desta semana, mais precisamente no dia 6 de outubro de 2015, a Secretaria Estadual de Educação de SP por meio de uma Videoconferência - Café em rede: conversação que durou mais de duas horas tirou dúvidas dos Dirigentes e Supervisores na aplicação da reorganização da Rede Pública Estadual. Durante este evento, as perguntas focaram mais nas situações "micro" como atribuição de aulas e até mesmo supervisores preocupados com os seus módulos das escolas que seria consequentemente reduzido.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, as mudanças são necessárias devido à queda na taxa de natalidade da população e no seu discurso, o pano de fundo é a qualificação da aprendizagem dos alunos. Todavia, essa mesma reorganização já aconteceu no final da década de 1990 e o que se assistiu foi a demissão de milhares de Professores e a queda do nível de ensino das escolas públicas estaduais no Estado de São Paulo, além do sucateamento dos prédios nas áreas periféricas.
A APEOESP (Associação dos Professores Oficiais do Estado de SP) está chamando Grande ato com professores, pais, estudantes e comunidade para 20/10 para pressionar o Governador Geraldo Alckmin a voltar atrás na medida que pode gerar muito desemprego entre os Professores e como consequência salas de aula superlotadas. Esse cenário foi visto no início deste ano e motivo de muitas reportagens televisivas, radiofônicas e na internet.
Paralelamente a isso, alunos se mobilizam em todo o Estado e dão Abraço coletivo em escolas que já foram notificadas de seu fechamento a partir do ano que vem. Hoje, na Avenida Paulista Estudantes de escolas públicas protestam em SP e isso se repete durante toda a sexta-feira em mais de vinte e cinco cidades no Estado de SP.
A pergunta que fica e não quer calar, qual é o motivo pelo qual a maioria dos Professores da Rede Estadual de SP não está mobilizada juntamente com Alunos e Pais na defesa da manutenção das escolas que já trabalharam esse ano superlotadas? O Governador pode fechar os Prédios Escolares e montar, por exemplo, o Poupatempo Santo André no lugar da tradicional Escola Estadual Américo Brasiliense que pode ser fechada. Nesta cidade, o Governo de SP paga aluguel caro no Atrium Shopping Santo André e pode economizar o dinheiro desse aluguel fechando a escola Estadual Américo Brasiliense.
Esses são apenas pequenos exemplos de como a "prioridade para a educação" é apenas uma "falácia" quando os gestores públicos são candidatos em eleições sejam no âmbito do município, estado e da federação. O momento é preocupante e dessa forma, a sociedade como um todo precisa sair em defesa da educação pública para não ter que investir tanto em presídios e fundações casa. Os filhos da classe trabalhadora não merecem ser amontoados em salas de aula com 45 a 60 alunos como está acontecendo em centenas de escolas na rede estadual paulista. Afinal, os Professores da Rede Estadual de São Paulo precisam deixar de olhar para os seus próprios "umbigos" e enxergar além da próxima atribuição (curto prazo), porque o Governo do Estado de São Paulo a longo prazo quer implantar e se responsabilizar apenas pela Educação de Ensino Integral no Ensino Médio que excluirá e marginalizará o estudante trabalhador da escola pública a longo prazo.
Escrevo e tenho dito!
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