terça-feira, 16 de abril de 2013

Prefeitura de São Paulo não repassará dinheiro para empresa construir creche


O secretário de Educação, Cesar Callegari, garante que parceria com a iniciativa privada para ampliação de vagas na educação infantil será apenas de apoio técnico e jurídico

A proposta de ampliar as vagas em creches em São Paulo por meio de parceiras com empresas, anunciada em março pela prefeitura, envolverá apenas apoio técnico e jurídico e não haverá repasse de verba para a iniciativa privada, segundo o secretário municipal de Educação, Cesar Callegari. “A secretaria não quer e não pode passar recursos públicos para empresas privadas”, afirmou.

Para atingir a meta de oferecer mais 150 mil vagas na educação infantil até o final do mandato, o secretário afirmou que 50 mil serão em novas creches da prefeitura, 50 mil em unidades construídas em parcerias com empresas e 50 mil em creches conveniadas. Este modelo deve viabilizar pelo menos 10 mil novas vagas neste ano.

Em entrevista exclusiva, o secretário afirmou que dividirá a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em módulos de conhecimento de três meses e que os 20 novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) previstos no Plano de Metas e no Plano de Governo serão construídos a partir de clubes e teatros já existentes na cidade. "Os CEUs têm de ser um coração pulsante, têm de se articular com a comunidade", diz.

Callegari, que é sociólogo, ocupou o cargo de secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) de janeiro a dezembro de 2012. Em paralelo, foi membro do Conselho Nacional de Educação e do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Já esteve à frente da Secretaria de Educação de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, entre 2005 e 2009. Tem uma série de livros e artigos publicados, em especial sobre gestão municipal da educação e financiamento do setor.

Confira a entrevista concedia à Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual.

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