sexta-feira, 31 de março de 2017

PROFESSORES PELA BASE

POR PROFESSORES PELA BASE

          A Greve do dia 15 de março mostrou a enorme disposição dos trabalhadores para lutar contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, obrigando o governo Temer a fazer “recuo”, transferindo para Estados e municípios a implementação da Reforma. Mas sabemos que foi apenas mais uma manobra do governo para dividir e enfraquecer a luta geral das categorias contra as Reformas. 

          Para nós professores/as os ataques são imensos, pois além dos três anos sem aumento salarial que já amargamos, a enorme precarização, salas de aula sendo fechadas, escolas caindo aos pedaços e demissões massivas de professores em todo o Estado, agora soma-se a Reforma da Previdência, que acaba com nossa aposentadoria especial, e a Reforma Ensino Médio (trazendo mais desemprego na categoria), o Projeto de Lei “Escola sem Partido” e a Lei das Terceirizações irrestrita (PL 4302) votada essa semana. E os professores barrados nas perícias médicas do Estado de São Paulo poderão ser os primeiros contratados como terceirizados nas escolas públicas!
           O que mais surpreende é que a direção majoritária de nosso sindicato, com Maria Izabel Noronha (CUT) à frente, não perdeu tempo para comemorar o falso recuo do Temer sobre a Reforma. Ao invés da presidenta explicar a manobra golpista de dividir o conjunto dos trabalhadores, Bebel chama de vitória “retumbante” as mudanças propostas pelo governo. Pra piorar a situação a diretoria majoritária da APEOESP (CUT-CTB) decidiu antecipar o calendário eleitoral do sindicato, justo nesse contexto de enormes ataques aos professores e ao conjunto da classe trabalhadora, os burocratas querem realizar as eleições sindicais, ao invés de priorizar a luta contra as Reformas do Temer.
           Essa política das direções sindicais é mais um sinal evidente que buscam trair a nossa luta feita pela base, em prol de seus próprios objetivos. Prova disso é que as centrais sindicais (CUT, CTB, Força) querem protelar a greve geral só para o dia 28/04, período em que o presidente da Câmara dos Deputados Federais – Rodrigo Maia – encaminhará o texto da Reforma Trabalhista. Por essa razão, fazemos a exigência de que as centrais sindicais organizem uma paralisação nacional imediata, e não de apenas um dia.
           E que em cada local de trabalho e estudo formemos Comitês de Base, que reúnam professores e comunidade, pra debater um plano de lutas concreto que possa tornar real a idéia de greve geral dos diversos setores e categorias no nosso país. 
          Por isso, convidamos a todos a somar força nessa luta contra as Reformas, a partir da GREVE DA EDUCAÇÃO, mas também chamando trabalhadores de outras categorias, a população, para construirmos uma Greve Geral contra os ataques. 
          DIA 31/03 dia de Mobilização Nacional contra a Reforma da Previdência e em Defesa dos Nossos Direitos, às 14 horas, no Vão Livre do MASP. Havendo interesse em participar do ato, ligar na subsede da APEOESP da sua região para reservar vagas no ônibus (gratuito). SOMENTE A LUTA MUDA A VIDA. TRANSFORMEMOS NOSSA INDIGNAÇÃO!