terça-feira, 29 de novembro de 2011

Seminário sobre o desenvolvimentismo no Brasil e a favor da Vida, promovido pelo o Instituto Rosa Luxemburgo e o Centro de Estudos Apolônio de Carvalho

Nos dias 08, 09 e 10 de dezembro de 2011, das 08h00 às 18h00, ocorrerá em São Paulo, o Seminário sobre o desenvolvimentismo no Brasil e a favor da Vida.
Esse seminário está voltado para setores populares, da igreja, sindicatos, comunidades entre outros. Durante o período de formação, o seminário tratará de questões atuais e polêmicas como: os Agrotóxicos, Código Florestal Brasileiro, Usina Hidrelétrica de Belo Monte e a questão energética no Brasil (hidrelétricas, etanol e petróleo).
É uma excelente oportunidade de aprendizagem e debate coletivo que contribuirá para um avanço no processo de consciência crítica. Todos os assuntos contribuem para a valorização de nossa “Mãe Terra”, no cuidado que devemos ter com ela e, ainda, nos desperta para uma reflexão sobre a atuação do sistema capitalista.
O seminário dispõe de apenas 40 vagas. Está sendo promovido pelo Centro de Estudos Apolônio de Carvalho e o Instituto Rosa Luxemburgo. Às pessoas interessadas que tiverem dificuldade financeira, será fornecido o vale transporte e também haverá alojamento aos que necessitarem.
No final do Seminário, os participantes que tiverem interesse ao Certificado de participação devem solicitá-lo no ato da inscrição.
INSCRIÇÃO
Falar com Diana, no telefone 8459-1768

Dias: 08, 09 e 10 de dezembro de 2011.
Horário: 08h00 às 18h00
Local: Sintaema - Av. Tiradentes, 1323 - próximo ao metrô Armênia (saída A do metrô).
GRATUITO

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Alegoria da caverna?



Direito à Educação e Acesso à Justiça

Com o tema “Desafios e perspectivas para os defensores da escola pública de qualidade”, a Ação Educativa e a Plataforma Dhesca Brasil realizam, no dia 12 de dezembro, o seminário “Direito à Educação e Acesso à Justiça”. O evento é destinado a educadores, trabalhadores da educação, estudantes, lideranças e militantes de movimentos sociais, de organizações não-governamentais e demais interessados.

O Seminário é parte das reflexões pelo 63° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e tem como objetivo debater os desafios atuais para a realização do direito humano à educação no Brasil, com enfoque específico na atuação do sistema de justiça (Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Associações Civis).

Na oportunidade, serão lançados o site Direito à Educação e Acesso à Justiça e uma nova edição do manual Direito Humano à Educação. O seminário será realizado pela Ação Educativa e Plataforma Dhesca Brasil, com apoio da Ford Foundation e da EED.

Clique e faça sua inscrição gratuitamente

domingo, 27 de novembro de 2011

Jornal Expressão Universitária

Bom Dia Povo

Segue em anexo link do Jornal Expressão Universitária, onde há um artigo nosso sobre a greve dos professores de SC. Gostaríamos da opinião de todos sobre o artigo.

Abraços
Ptof. Janilson Lotério

Jornal Expressão Universitária

sábado, 19 de novembro de 2011

Desafios de valorização docente são comuns aos países latino-americanos

Vanessa Ramos*

A Rede pela Valorização d@s Docentes Latino-american@s “nasce do sentimento de indignação de como a agenda da educação vem sendo tratada nos países latino-americanos. É urgente uma mudança de perspectiva e esta deve estar pautada numa agenda de toda a sociedade”, disse Denise Carreira, coordenadora de Educação da Ação Educativa, durante o lançamento da iniciativa.

Na ocasião, docentes, pesquisadores e representantes de organizações da sociedade civil equatorianos, argentinos, paraguaios, uruguaios e de diferentes regiões do Brasil participaram do debate “A questão docente na América Latina”, que ocorreu pela manhã e foi transmitido ao vivo pela internet. Em breve, os vídeos dos debates estarão disponíveis da íntegra no portal Vozes da Educação.

Uma agenda regional


A educação precisa ser vista como “um ponto de integração para políticas de governo e de integração nossa enquanto trabalhadores e movimentos sociais”, disse Fátima Aparecida Silva, vice-presidente da Internacional de Educação da América Latina (IEAL).

Camilla Croso, coordenadora da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), ressaltou que há no continente um “conjunto de desvalorização e desprestígio, chegando ao ponto da criminalização dos trabalhadores em educação”.

Além disso, muitos países sofrem com a precarização da educação pelo setor privado, completou o professor Guillermo Williamson, diretor do Departamento de Educação da Universidad de La Frontera, do Chile. “Mais de 50% dos professores estão no ensino privado, e  o Estado é o financiador disso”. Para ele, é importante que o professor recupere “a autoridade do saber e a autoridade docente, não na forma de poder, mas autoridade daquele que sabe”, disse.

Para Marcelo Mosqueira, professor e diretor de escola da rede pública da província de Buenos Aires, é importante que os docentes assumam seu papel na construção da educação. “Nós não podemos perder de vista o trabalho na educação e a construção do sujeito”, falou.

Neoliberalismo


“No Chile estamos na ponta do modelo neoliberal, numa economia aberta, de mercado total. Temos um sistema que tem reflexos ainda do período da ditadura. A extrema direita se apropriou do aparelho ideológico da educação. Não há gratuidade, a universidade se paga”, afirmou Williamson. Ainda, “esse modelo está gerando crises: de distribuição, concentração da riqueza, de poder, territorial e de classes”, disse.

Para Luis Alberto Riart, ex-ministro da educação do Paraguai, “há uma estrutura de poder político que continua fazendo com que o modelo neoliberal funcione. Além disso, há uma distância entre a práxis e o discurso”, apontou.

Sobre o tema, Camilla Croso explicou que “há um documento do Banco Mundial que sintetiza muitas dessas tendências”. Chamado “Aprendizagem para todos: Investimento no conhecimento e nas habilidades das pessoas para promover o desenvolvimento”, ele pautará ações para o campo da educação, até 2020.

Milton Luna, coordenador do Contrato Social pela Educação, rede do Equador, reafirma que há uma “disputa de sentidos: por um lado estão experiências de governos e de processos democráticos que têm colocado novos paradigmas visando um novo modelo e, por outro, estão os grandes atores como o Banco Mundial com suas estratégias a partir do modelo neoliberal”, falou.

Outro modelo


“Tem-se que fazer uma seríssima reflexão e parece importante criar propostas desde o setor progressista. Que tenhamos capacidade propositiva para propor uma linha que interpele e proponha um novo paradigma”, disse Luna.

Para Fátima Aparecida Silva “empoderar o sujeito é a melhor forma de empoderarmos a sua valorização, isso na medida em que o professor se apropria do perceber global, agir local e do saber pedagógico. Precisamos compartir as experiências bem sucedidas, dialogar e ter força para mudar o que precisa ser mudado”, sugeriu.

Luna falou que é preciso ir além da discussão sobre a educação, pensando num sistema amplo que supere as desigualdades em todos os âmbitos, para que a sociedade possa viver de forma plena. Relatou que um dos conceitos discutidos no Equador e em países andinos é o Sumak Kawsay (Bem Viver), inspirado nas culturas indígenas Quéchua e Ayamara, que quer dizer uma forma diferente de organização social, política e econômica.  

Para Mosqueira, é importante resgatar a memória histórica da América Latina. “É um momento em que os movimentos sociais têm que participar com maior força desse processo”, disse. “É preciso resgatar a educação como direito humano”, finalizou Croso.

*Observatório da Educação.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

De olho no cotidiano

A excelente educadora Lígia Pacheco, que foi minha professora no curso de Pedagogia, estreou uma coluna no Pais & Filhos. Já na estreia ela mostrou a que veio. Vou ser um seguidor desta coluna. Leia abaixo o primeiro parágrafo. Mas, indico a leitura da coluna inteira. Vale muito à pena.

“Estreio hoje esta coluna semanal com imensa alegria e convido-os a participarem comigo deste desafio. Falar de filhos para pais é uma delícia, mas não é fácil, pois as crianças não vêm com manual de instrução, o que significa que não há receitas de como educar ou fazer, e o que deu certo com uma criança pode não dar certo com outra. Isto é maravilhoso, pois permite ao ser humano ser único e diferente de qualquer um. Mas, por outro lado, tem hora que faz muita falta um manual, não é mesmo?”

Seminário Nacional: Educação infantil e igualdade racial

Seminário Nacional: Educação infantil e igualdade racial

29 de novembro de 2011
Teatro Sesc - Vila Mariana
Rua Pelotas, 141, Vila Mariana
São Paulo – SP

Rede Nacional para a Igualdade Racial na Educação Infantil: faça parte você também


Caberá à Rede a difusão de conteúdos e proposições de métodos e técnicas para práticas pedagógicas de valorização da diversidade étnico-racial na educação infantil. Ela deverá contribuir também para a organização e fortalecimento de um campo de ação técnica e política em torno do tema, conscientizando e mobilizando professores, gestores e comunidade, bem como indicando parâmetros de parceria entre sociedade e poder público, inclusive para o monitoramento de políticas públicas.

O seminário visa reunir professores, gestores, pesquisadores e ativistas sociais interessados em debates e análises de experiências relacionadas com valorização da diversidade étnico-racial na educação infantil.

Pretende-se também fomentar a construção de parcerias e ações conjuntas direcionadas para a implantação, ampliação e fortalecimento de políticas educacionais comprometidas com a promoção da igualdade étnico-racial.
MEC, UFSCar e CEERT juntos por uma educação infantil igualitária
O evento integra um conjunto de ações do Plano de Cooperação Técnica estabelecido entre o MEC SEB e a UFSCar, cuja a execução é compartilhada com o CEERT.

Estão sendo construídos:

1. diagnósticos e textos de referência conceitual e normativa para professores;
2. conteúdo para curso de formação continuada para professores e gestores, formato e-learning e materiais audiovisuais de apoio ao professor e comunidade;
3. formação da Rede Nacional para a Igualdade Étnico-racial na Educação Infantil.


Informações:

Audiência Pública sobre a Lei 10.639/2003, no próximo 23 de novembro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo!

Participe!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mudança na gestão do ensino gera polêmica nas universidades

Neste ano, a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal (CCT) aprovou o projeto de lei que transfere a gestão do ensino superior do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Faltando somente a aprovação da Comissão de Educação e da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para entrar em vigor, o projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) não é unanimidade entre especialistas em educação e causa polêmica nas universidades.

A justificativa do senador para a criação do projeto de lei é uma tentativa de centrar mais esforços do MEC na promoção de uma educação básica de qualidade. Segundo ele, hoje o ministro e sua equipe são muito voltados a atender demandas das universidades, o que acabaria deixando o nível básico de ensino em segundo plano.

Para Carlos Alexandre Neto, reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), faltou diálogo por parte do senador Buarque. "Em nenhum momento ele conversou com dirigentes das universidades federais para ver nossa opinião", critica. O reitor defende ainda que a proposta prejudica não somente o ensino superior, como também o básico.

"A educação deve ser vista de forma sistêmica, pois o nível superior atua também na qualificação da educação básica. O problema é que o senador entende os dois (a educação básica e superior) como opostos. Acha que, se ocorre investimento em uma, não ocorre na outra. Isso é uma inverdade", afirma, completando que o MEC deve "empobrecer" com a mudança, assim como as universidades.

Professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Cleyton Gontijo também questiona o projeto. "A responsabilidade do ensino básico é dos municípios. O MEC somente atua de forma complementar", rebate. O também coordenador da graduação em Pedagogia afirma que a medida não será eficaz, já que a Constituição Federal não garante ao ministério autonomia para atuar diretamente na educação básica. "Para que o Ministério da Educação possa ter maior poder de intervenção seria preciso uma reforma constitucional", completa.

Contudo, Contijo reconhece que é preciso definir melhor o papel do MEC na educação fundamental e contar com mais dedicação do ministério nessa área. "Hoje a gente observa pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que a educação tem melhorado timidamente", lamenta.

Debate válido
Na opinião do professor Célio da Cunha, também da Faculdade de Educação da UnB, o debate é válido. "A ideia do senador Cristovam procede, porque tem um enorme desafio na educação básica. É preciso pensar nas melhores estratégias para superar", diz. O professor ainda conta que Estados Unidos e Canadá são adeptos do sistema proposto. "Esses países possuem departamentos de educação com o mesmo princípio. Em outros países, nem Ministério da Educação tem", explica. "Bem organizado funciona tanto um quanto o outro. O grande desafio é de gestão", completa.

Cunha também acredita que é importante cobrar uma maior atuação de prefeitos e governadores. "Esses atores precisam, de fato, assumir as suas responsabilidades na área de educação. Por isso o debate do senador é saudável, pois acabam surgindo outras questões sobre a educação básica", conclui.

Universidades também ganharão com o projeto, diz senador
A proposta do senador Buarque, porém, não é somente centrada numa maior atenção do MEC à educação básica. Para ele, as universidades também ganhariam com a proposta, já que poderiam se engajar em um programa nacional de inovação e desenvolvimento científico e tecnológico. Em entrevista ao Terra, ele afirmou que, mesmo parecendo paradoxal, certamente as universidades vão acabar colaborando mais com o ensino básico estando no Ministério da Ciência e Tecnologia, uma vez que não mais precisarão disputar com o ensino básico prioridade e recursos dentro de seu próprio ministério.

Em seu site pessoal, o senador conta que uma professora o escreveu preocupada com a mudança porque ela trabalha com humanas e ficou pensando que sua área poderia ser prejudicada. Buarque comenta que a experiência dos últimos anos pode responder à inquietação da professora, referindo-se ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal (Capes), os grandes financiadores de projetos de educadores. "Lá, a área de humanidades é muito respeitada e valorizada. Os professores dessas áreas têm recebido estímulos financeiros, bolsas e recursos", afirma.

Especialista em educação, Hamilton Werneck acredita que a proposta não criará impacto na área de humanas. "As faculdades de humanidades estão esvaziadas por questões de mercado", diz. E, de acordo com ele, as de cunho tecnológico carecem de investimentos e modernização de laboratórios. Por este motivo, Werneck acha o projeto de Buarque inovador, mas inócuo. "O que vai mudar é somente a gestão, na prática tudo fica igual. Dificilmente o MCT consegue fazer algo diferente do que o MEC faz hoje", diz. O reitor da UFRGS concorda. "O Ministério da Ciência e Tecnologia não tem experiência em gestão de ensino, somente de projetos."

Já Antônio Azambuja, professor de Administração na Universidade de Guarulhos (UnG), considera o projeto interessante, uma vez que o Brasil precisa de investimentos tecnológicos. "A área de humanas já está saturada, mas a área de ciências e tecnologia carece de incentivo e inclusive sofre com falta de mão de obra", diz, completando que essa mudança de gestão acabaria gerando mais recursos para pesquisas e projetos universitários tecnológicos. "Um País que possui uma Amazônia inexplorada precisa disso", completa.

Fonte: Terra

União Gaúcha de Estudantes defende mudanças no Ensino Médio

A União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) defende a necessidade de alterações no Ensino Médio. A entidade publicou em seu site um documento intitulado: Ensino Médio Politécnico e Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio. Para o presidente da UGES, Thalisson Silva, o Ensino Médio de hoje apenas coloca o estudante entre o ensino fundamental e a educação superior.

O texto chama a atenção para a crise de identidade porque passa esta etapa da educação. Não prepara a juventude para o ingresso no ensino superior e tampouco a prepara para seguir uma profissão, diz um dos trechos do documento. Além de exigir mudanças no Ensino Médio, Silva aponta os altos índices de evasão e repetência. Esta é uma realidade nacional, não apenas do Estado, compara.

Secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo considera positivo a posição da entidade estudantil de defender mudanças no ensino médio e estimular o debate sobre o tema. Os estudantes devem ser protagonistas na construção do novo Ensino Médio, afirmou Azevedo.

O texto conclama os estudantes a debaterem a proposta de alteração do Ensino Médio apresentada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). É fundamental que os estudantes do nosso Estado se apropriem do debate e formulem sua opinião sobre este tema, afirma o texto, que ainda destaca as altas taxas de abandono escolar que, somadas ao número de jovens que estão fora da escola em idade própria (entre 15 e 17 anos), chegam a 27,7 %.

Analisando as medidas defendidas pela Seduc para qualificar esta etapa da educação básica, o documento conclui que, diante deste quadro, fica claro a urgência de mudanças que resgatem a qualidade e o papel do ensino médio, como a proposta do governo do Estado, do Ensino Médio politécnico.

Sobre a intenção da Seduc de Ensino Médio integrado à Educação Profissional, o documento afirma que a proposta é um importante resgate desta oferta, proibida pelo Decreto 2208/97, e fortalece a aproximação do ensino ao mundo do trabalho.

A crise no paradigma civilizacional

A Metáfora da ponte

Por um primeiro momento, imaginemos que estamos todos numa jornada de saída de um lugar com destino a outro. Estamos, então, atravessando por uma ponte pênsil, daquelas que balançam ao menor movimento. Somos muitos.

Conhecemos muito bem de onde saímos, o lugar, o clima, as formas de vida... Mas temos um total desconhecimento acerca do lugar para onde estamos indo. Olhamos para o início da ponte, de onde partimos, e temos a sensação de que estamos deixando algo conhecido, e olhando para o ponto final da ponte, o nosso ponto de chegada, e nos lembramos de que nada sabemos daquele lugar. Existirão lá monstros? O clima é humano? A vida é baseada nos princípios biológicos que conhecemos? Não sabemos.

Por isso, toma conta de nós um mal estar, um medo, um temor que nos faz refletir. Será que é bom continuar? Parar, não podemos. A ponte balança demais! As crianças choram! Os mais idosos sentam-se, agarram-se às amarras da ponte e negam-se a caminhar mais. Outros negam-se a sentir o mal estar, acreditando que tudo passará, e continuam parados, conversando como se nada estivesse acontecendo. Alguns decidem voltar. Dirigem-se ao ponto de partida. Mas sentem um fenômeno estranho: quanto mais andam em direção ao início da ponte, mais este se distancia, parecendo cada vez mais um ponto longínquo no horizonte.

Todos descobrem, portanto, que não existe retorno. Só a caminhada para frente, para o desconhecido.
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O texto acima é parte do “Texto-Base preparatório para o VI Encontro Nacional do Laicato do Brasil”, que será realizado no Rio de Janeiro, em Junho. Antes disso, o Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo realiza no dia 19 de novembro, um Seminário de Estudo com base no mesmo material. Mesmo se você não for participar de nenhum dos encontros, vale à pena ler o material. Pode contribuir muito com a formação.

Espaço Aberto Literatura: Graciliano Ramos

Em seu perfil no Twitter, o professor Adilson Ferreira indicou o programa Espaço Aberto Literatura, exibido pela GloboNews neste final de semana, sobre Graciliano Ramos. Realmente vale muito à pena ver. São apenas 23 minutos, de muito conhecimento.

Segue o link:
http://g1.globo.com/videos/globo-news/espaco-aberto-literatura/t/todos-os-videos/v/graciliano-ramos-era-inimigo-dos-adjetivos-e-defensor-do-texto-enxuto/1693808/

sábado, 12 de novembro de 2011

Anita Freire fala sobre o PNE (Outubro 2011)

Entrevista exclusiva

Anita Freire, doutora em educação e companheira do saudoso/presente educador Paulo Freire esteve como ouvinte no Seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE).

Organizado pela Comissão Especial do PNE, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), no dia 17/10/11, esteve presente o deputado federal e relator do Plano Nacional de Educação (PNE), Ângelo Vanhoni (PT-PR).


Assistam ao vídeo (Clique aquifeito por Van Ramos, no dia do seminário, com opiniões de Anita.

E façam seus comentários...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Professores estão excluídos do debate público sobre política educacional na América Latina, segundo pesquisa

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
09/nov/2011

São Paulo – Os professores estão fora do debate público sobre a educação e suas vozes não estão presentes nas coberturas jornalística da América Latina, segundo pesquisa do Observatório da Educação feita em 18 jornais do continente. Foram analisadas mais de 1.200 reportagens de maio a julho deste ano. As matérias indicam que as políticas públicas implantadas, os novos temas, disciplinas e materiais para as aulas são modificados sem que os professores sejam consultados sobre a política educacional.

“O professor é sempre um personagem e nunca uma fonte para balizar a política pública. E a má qualidade do ensino é sempre atribuída a eles. Estão sendo responsabilizados, mas não têm seu direito de resposta”, disse Fernanda Campagnucci, editora do Observatório da Educação, que participou do lançamento de Rede pela Valorização dos Docentes Latino-Americanos, hoje (9), na capital paulista.

Segundo Fernanda, a análise indicou que entre os temas mais comentados nos jornais estão a qualidade, seguida dos sistemas de avaliação, problemas de infraestrutura e violência nas escolas. Depois aparece a questão das tecnologias de informação na educação. “Nesse caso, dependendo do enfoque, entra em conflito com o docente, porque tem problemas de informação e uma ideia de que o aluno não precisa do professor para aprender porque consegue aprender sozinho com o computador”. Outro problema destacado nas reportagens analisadas são as greves e paralisações.

A vice-presidente da Internacional de Educação da América Latina, Fátima Aparecida Silva, disse que no geral a categoria dos professores é composta principalmente por mulheres, que chegam a ser 80% no ensino infantil e médio, enquanto no superior há mais homens. Além disso, apontou que os professores estão envelhecendo ao redor do mundo, já que a média de idade é de 45 anos. “A profissão não atrai mais gente jovem. Nos últimos dez anos, os mais novos ficam cerca de quatro anos dando aula até encontrar outra ocupação melhor.”

A ausência de formação é presente em todos os países, assim como a fata de um processo de negociação que traga valorização para a profissão, com diferenças entre a zona rural e urbana, tanto na formação quanto na remuneração. “Quando conversamos com os professores que vivem o dia a dia da aula, percebemos que eles reclamam ainda do número excessivo de alunos em sala de aula e da falta de participação nas políticas públicas, além da ausência de plano de carreira e do ressentimento por serem culpados pela má qualidade educacional.”

A coordenadora do Comitê Diretivo da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), Camila Croso, disse que tem notado a tendência de desvalorização dos trabalhadores da educação, além do desprestígio e do processo de culpabilização e criminalização. “São tendências muito preocupantes, mas há também processos de resistência a tais tendências. Mas se sobressai o conjunto desvalorização, desprestígio e criminalização.”

Ela destacou ainda a tendência à privatização traduzida no nome de parcerias público-privadas, que aponta para outro lado, procurando ser atrativa. Disse também que há um marcante discurso sobre resultados na aprendizagem que não avalia os rumos da educação, mas dentro do foco de escola como fábrica de seres homogêneos montados para o mercado de trabalho.

“Esse sistema de ranqueamento é preocupante porque o resultado é medido sobre o quê? Aí voltamos ao ponto de partida que é perguntar para que serve a educação. Toda análise parte do aluno homogêneo que tem que responder ao mercado de trabalho”, assinalou Camila.

Ela também reforçou que há uma criminalização de professores e até dos alunos. “Há uma perda de noção do coletivo, porque há ataque aos sindicatos. Assim individualiza os professores e coloca o sistema de avaliação com prêmio e castigo. Desvaloriza o professor, porque leva a política de ensinar para o teste, para ir bem na prova. Adapta o currículo, se articula como o não protagonista do fazer pedagógico”.

Guillermo Williamson, da Universidad de La Frontera, do Chile, disse que em seu país a educação apresenta cifras de desigualdade e que não há gratuidade para o ensino. Lá, as universidades são pagas ou se têm bolsas de estudo para os pobres. “No Chile, 40% dos jovens podem ir à Universidade, mas se a família tem dois filhos precisa escolher qual deles pode ir ter o ensino superior”.

Segundo ele, assim como no Brasil. os jovens estão desistindo de ser professores por conta da precarização do ensino. “Temos que trabalhar fortemente na educação pública estatal e podemos buscar a gestão social com cooperativas mistas com o Estado”. Para ele é preciso retomar a função do professor, que em sua avaliação é ensinar os alunos e ser um mestre. Além disso ele destacou que é preciso que o professor recupere sua autoridade* em sala de aula.


Edição: João Carlos Rodrigues

Aproveito a ocasião, para pedir aos leitores/as do Blog que participem, façam comentários sobre a matéria acima publicada na Agência Brasil.

Uma reflexão sobre ensino-aprendizagem

A imagem abaixo foi enviada pelo Celso, de Sorocaba (assessor da PJE Sul 1 e membro da Comissão Nacional de Assessores da PJE). Nos faz refletir sobre o que e como os professores "ensinam" na escola. Ou melhor, o que os alunos apreendem daquilo que os professores "ensinam". Vale à pena iniciarmos um debate sobre isso. Aguardo opiniões.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pinóquio Kassab e a falta de vagas em creches

O texto abaixo foi publicado pelo O Estado de S. Paulo. Fala sobre a falta de vagas em creches na cidade de São Paulo.

Lembro que durante a campanha eleitoral, para derrotar a candidata Marta Suplicy, que nas pesquisas aparecia na frente, o prefeito Pinóquio Kassab, entre a enormidade de promessas feitas – como acabar com as enchentes –, prometeu zerar o déficit de vagas em creches em São Paulo. O pior é que o povo acreditou.

Espera por vaga em creche de São Paulo bate novo recorde na gestão Kassab
Atualmente, mais de 174 mil crianças estão na fila; prefeito prometeu zerar déficit até o fim de 2012

08 de novembro de 2011 | 19h 17

Adriana Ferraz - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - A espera por uma vaga na rede municipal de creches bateu recorde em setembro. Hoje, 174.168 crianças estão na fila por uma matrícula em São Paulo. Há quatro anos, esse número era de 158.689, até então o maior da gestão Gilberto Kassab (PSD), que prometeu zerar o déficit até o fim de 2012.

O número é resultado de uma série de projetos que não foram para frente. Na lista está uma Parceira Público-Privada (PPP), barrada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).

Hoje, a maioria das creches é administrada por entidades filantrópicas. Nesse modelo, o Município repassa às entidades um valor mensal por criança atendida e, por isso, não precisa contratar funcionários. E em 70% desses casos o prédio utilizado para abrigar as crianças pertence à entidade responsável.

A Secretaria Municipal da Educação diz que adota a fórmula porque tem dificuldades para encontrar terrenos livres nos bairros com maior procura - caso do Grajaú, na zona sul, onde 7.891 crianças estão cadastradas na fila, a maior da cidade.

O problema se repete em todos os 96 distritos. Na Brasilândia, zona norte, dez reclamações são registradas por dia no Conselho Tutelar. "Já relatamos a situação no Ministério Público Estadual. O ritmo de oferta de novas matrículas é muito baixo", diz o conselheiro Fábio Ivo Aureliano. Na região, 4.869 crianças estão fora da rede.

No plano de ações da Prefeitura está a construção de 59 unidades próprias e a troca de um terreno de 20 mil metros quadrados no Itaim-Bibi, na zona sul, por creches. Mesmo se ambas as ações saírem do papel, a meta de zerar o déficit ainda ficará distante.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Programação completa do lançamento (9/11); inscreva-se!

Iniciativa pela valorização dos educadores latino-americanos será lançada amanhã, 9/11, em São Paulo

Evento terá transmissão ao vivo pela internet com bate-papo interativo a partir das 9h

A partir do diagnóstico de que a melhora da educação pública depende da efetiva valorização dos educadores e das educadoras, organizações de diferentes países da América Latina lançam, amanhã (9/11), a Rede pela Valorização d@s Docentes Latino-american@s.

A articulação já conta com pessoas e organizações integrantes de Argentina, Brasil, Equador, Paraguai, Chile, Uruguai, Nicarágua, Costa Rica e Peru, mas está aberta à participação de todos os países da região. Veja mais detalhes da programação abaixo e clique aqui para fazer o credenciamento.

“A agenda da valorização docente deve ser assumida por toda a sociedade, por isso a importância de se reunirem diferentes forças políticas nessa iniciativa”, ressalta Denise Carreira, coordenadora de Educação da Ação Educativa. Estão envolvidos na rede articulações e organizações da sociedade civil, educadores, associações e confederações sindicais docentes e pesquisadores. 

A Rede possui três eixos estratégicos de atuação: comunicação, pesquisa e articulação política. Como ação do primeiro eixo, foi criado o portal Vozes da Educação (www.vozesdaeducacao.org.br), que será apresentado no dia 9. Durante o evento, também serão divulgados dados de um primeiro levantamento sobre o tratamento dos meios de comunicação latino-americanos às questões docentes.

“Verificamos a ausência da voz dos professores na cobertura sobre educação de dez países da América Latina, embora esses profissionais estejam em posição privilegiada para opinar sobre o tema”, aponta Fernanda Campagnucci, editora do Observatório da Educação. No levantamento, foram identificadas como marcas do debate público a culpabilização dos docentes pela má qualidade do ensino e a abordagem pouco aprofundada de políticas voltadas à docência.  

O estímulo e o fortalecimento da participação docente na discussão e elaboração de políticas públicas são objetivos da articulação. Para dar visibilidade aos diferentes discursos e experiências, o portal Vozes da Educação trará depoimentos de professores/as (em áudio, vídeo ou texto) de diferentes lugares da América Latina – na Amazônia, no altiplano andino, no campo, nas capitais...

Debates e pesquisas

A cada 15 dias, um novo tema de debate será proposto no portal. O primeiro tema já está no ar: a adoção, pela cidade de Buenos Aires, da avaliação de desempenho de professores com vistas à bonificação por mérito. Será possível criar blogs na Rede, participar de comunidades e de fóruns de discussão temáticos. O cadastro pode ser executado em poucos passos. 

Em seu eixo de pesquisa, a Rede desenvolverá estímulo à produção e divulgação de estudos sobre a condição docente na América Latina, trabalhando também com pesquisas participativas em forma de consultas. Também vai construir um banco de estudos e publicações sobre a questão docente, além de trazer dados sobre a condição dos professores e das professoras na América Latina.

Alguns temas de debate foram escolhidos como prioritários:

* questões referentes à valorização dos docentes (sistemas de avaliação/bonificação e incentivos, ingresso e progressão na carreira, formação inicial e continuada, o papel do docente, condições de trabalho, formas de contato e remuneração, rotatividade e absenteísmo, entre outros).

* concepções pedagógicas (os paradigmas do ensino, relação docentes-família, relação entre a aprendizagem e a afetividade/cuidado).

* abordagem da educação como bem público (a relação entre o público e o privado, a educação como direito humano e o financiamento necessário para uma educação pública de qualidade).

Entre as organizações vinculadas à iniciativa, estão Ação Educativa (Brasil), CDI – Centro para el Desarrollo de la Inteligencia (Paraguai), CIDPA – Centro de Estudios Sociales (Chile), El Abrojo (Uruguai), Escuelas del Bicentenario (Argentina) e Fundación AVINA. Apoiam a rede a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação.

Programação
Abertura: 9h00 – 10h00
Exposição dos objetivos e estratégias da Rede, lançamento do portal Vozes da Educação e divulgação de levantamento sobre os professores e professoras na imprensa latino-americana.

Debates
Com a participação de pesquisadores, educadores da rede pública, confederações sindicais, organizações e articulações da sociedade civil latino-americanas.

10h30 – 12h30 A questão docente na América Latina
Fátima Aparecida Silva (Internacional de Educação da América Latina – IEAL); Guillermo Williamson (Universidad de La Frontera, Chile); Marcelo Mosqueira (professor e diretor de escola pública em Buenos Aires, Argentina); Milton Luna, coordenador do Contrato Social pela Educação e integrante do comitê diretivo da Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação. Mediação: Monica Zefferino (El Abrojo).

14h00 – 16h30 Uma agenda de toda a sociedade brasileira
Roberto Franklin Leão (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE); Daniel Cara (Campanha Nacional pelo Direito à Educação); Eduardo Amaral (professor de Filosofia da rede estadual de São Paulo); Teresa Aliperti (professora do ensino fundamental I na rede municipal de São Paulo); representante do Movimento Todos pela Educação; Álvaro Hypolito (Red Estrado, UFMG). Mediação: Denise Carreira (Ação Educativa).

17h00 – Exibição especial do Filme Carregadoras de Sonhos
Produzido pelo SINTESE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe. Duração: 65 minutos.

Leia também:

Serviço
Lançamento da rede Vozes da Educação
Data/horário: 9/11/2011, das 9h às 18h.
Local: ONG Ação Educativa – Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque. São Paulo, SP.
Veja a programação completa em
www.vozesdaeducacao.org.br.

Contatos para imprensa

Ana Cláudia Mielki – Assessora de comunicação da Ação Educativa
(11) 3151-2333 ramal 160