segunda-feira, 30 de abril de 2012

300 livros de ciências humanas para download

Liderado pelas Editoras da Fio cruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFBA (Universidade Federal da Bahia), Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Fapesp (Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo) o projeto “SciELO Livros”, lançado no mês de março, disponibilizou aproximadamente 300 livros, científicos e técnicos, para download. O projeto visa à publicação on-line de coleções de livros de caráter científico, editados, prioritariamente, por instituições acadêmicas. A previsão para 2012 é que o acervo ultrapasse 500 títulos. Os livros, que estão disponíveis nos formatos ePUB e PDF, são formatados de acordo com padrões internacionais e podem ser lidos no próprio site ou baixados integralmente sem nenhum custo.

O objetivo do projeto é “aumentar a visibilidade, acessibilidade, o uso e impacto dos livros, e contribuir para o aprimoramento continuado das capacidades das editoras participantes em gestão de processos de edição, publicação e comercialização on-line de livros”.

Para integrar o projeto SciELO Livros, editoras e obras são selecionadas de acordo com padrões de controle de qualidade aplicados por um comitê científico. “Uma porcentagem significativa de citações que os periódicos SciELO fazem, principalmente na área de humanas, está em livros. E como um dos objetivos da coleção SciELO é interligar as citações entre periódicos, a ideia é também fazer isso com livros”, disse Abel Packer, membro da coordenação do programa SciELO, à Agência Fapesp “A ideia é contribuir para desenvolver infraestrutura e capacidade nacional na produção de livros em formato digital e on-line”, acrescenta.

Em 2012, o Programa SciELO conquistou pela segunda vez o primeiro lugar entre os maiores portais abertos de informação científica do mundo, de acordo com o ranking Web of World Repositories (Webometrics), site de auditagem que mede a visibilidade de repositórios científicos nos principais mecanismos de busca da internet. Veja os links para os livros.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Roda de conversa debate propostas da juventude para as eleições

No dia 3 de maio, o GT Juventude da Rede Nossa São Paulo e as organizações parceiras irão realizar uma roda de conversa sobre “Agenda de propostas da Juventude para eleição". A ideia é discutir a política pública de juventude no município e levantar propostas prioritárias, que serão entregues aos candidatos de candidatas a vereadores/as e prefeito/a de São Paulo. Junto com outros movimentos e organizações, o GT se articula para realizar, em agosto, um encontro com os candidatos e candidatas para debater os projetos para a juventude e buscar que as propostas sejam incorporadas aos planos de governo.

Quando: dia 3 de maio (quinta feira)
Horário: 18 horas
Local: Ação Educativa (Rua General Jardim, 660, Vila Buarque)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Semana Mundial pela Educação tem foco na primeira infância

A Semana de Ação Mundial pela Educação (SAM) começou ontem (22) em diversos países e segue até o próximo dia 28. Neste período e também durante o mês de maio, serão realizadas atividades com o objetivo de chamar atenção sobre o direito à educação na primeira infância, visto que o tema escolhido neste ano foi ‘Direitos desde o princípio: Educação e cuidado da primeira infância já!’. A SAM é organizada pela Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (Clade).

Na América Latina, países como Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia e Peru já têm uma programação montada com diversas atividades organizadas por coalizões pelo direito à educação. As ações buscarão animar os estados a cumprirem com seus compromissos relacionados ao direito à educação na primeira infância.

De acordo com a Clade, estas ações são necessárias, pois a educação de meninos e meninas de zero a cinco anos continua sendo "um dos assuntos mais descuidados em matéria de políticas educativas”. Apesar da ratificação de convenções e tratados internacionais que se comprometem com a educação na infância, os direitos destes pequenos continuam recebendo atenção insuficiente.

Para despertar os governos para esta realidade, a Campanha Argentina pelo Direito à Educação (Cade) promoverá atividades como a impressão de folhetos e cartazes para divulgar o tema da SAM. Também serão distribuídas folhas pré-desenhadas para que as crianças façam "o grande desenho”. Nesta atividade os pequenos serão estimulados a passar para o papel as situações em que se sentem cuidados. Outra ação será a criação de murais sobre situações de cuidado com as crianças.

Na Bolívia, de 22 a 28 serão realizadas ações como o Fórum Nacional sobre a Arte da Educação na Primeira Infância, dia 25, em La Paz, Oruro, Cochabamba e outros departamentos. A Campanha Boliviana pelo Direito à Educação também está preparando apresentações artísticas em várias regiões do país, assim como encontros com autoridades nacionais, departamentais e municipais para debater a educação na primeira infância.

No Brasil a programação acontece em maio, quando serão trabalhados os temas: identidade e concepção da educação de crianças, modelo de atendimento a esse direito, importância do financiamento público para a educação e cuidados para a primeira infância, e a educação de crianças potencialmente discriminadas.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação pretende desenvolver duas ações. Uma de incidência política em Brasília, a capital federal, entre 22 e 24 de maio, e outra lúdica, com a presença de crianças, adultos e representantes do Governo. Nesta ocasião, os pequenos também vão realizar "o grande desenho” para mostrar as necessidades ao desenvolvimento e crescimento da primeira infância.

Já a Coalizão Colombiana pelo Direito à Educação vai transformar abril no "Mês da infância e da não discriminação”. Neste contexto, serão realizados artigos para a imprensa, material de comunicação, vídeos, programas para rádio, debates, um fórum nacional em Bogotá e o envio de uma carta aos governos locais e secretarias de educação chamando as autoridades a incluírem o tema da primeira infância nos planos de desenvolvimento, focando a perspectiva de direitos e não discriminação.

As atividades preparadas para acontecer no Peru de 22 a 28 de abril também vão envolver as crianças. Meninos e meninas de creches, centros de educação inicial ou primária e de grupos de educação formal vão preparar "a grande imagem”. Por meio de fotos, pinturas ou desenhos elas vão mostrar cenas relacionadas com sua realidade educativa.

Mais informações sobre a SAM no http://www.globalactionweek.org/

Fonte: Adital

sábado, 21 de abril de 2012

Educação é prioridade?

Até a ortografia muda, mas o descaso com  educação pública...

Creches: Chuchu Alckmin quer acabar com formação de educadores

Reproduzo abaixo o alerta da Janaina Maudonnet no blog Pedagogia com a Infância. Realmente é muito preocupante o que o governo do Chuchu Alckmin está fazendo com a educação e, neste caso, com a educação infantil (especificamente com as creches).

Universidades Estaduais não formarão educadores de Creches em São Paulo

É com muita preocupação que divulgo mais um tema preocupante para os educadores da infância. Segundo a Deliberação 111/2012 do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, as Universidades/ Faculdades vinculadas ao sistema estadual não formarão professores para as creches/ Centros de Educação Infantil nos cursos de graduação de Pedagogia, a partir das turmas de 1º semestre de 2013.
A formação será específica para a pré-escola e para os primeiros anos do Ensino Fundamental.
Além disso também é muito preocupante o currículo proposto, voltado exclusivamente para as áreas do conhecimento: Português, Matemática, Ciências Naturais, História, Tecnologias da informação e Cultura Geral. Essa proposição desconsidera as especificidades da organização do currículo para a infância e as discussões históricas realizadas na área, culminadas nas Diretrizes Curriculares de Educação Infantil.
A situação é muito preocupante!!!
Quem quiser ler a Deliberação na integra o link é: http://www.ceesp.sp.gov.br/comunicado.php?id=53

Curso Educação e Direitos Humanos

http://www.acaoeducativa.org.br/email_mrkt/convite_curso_direitos_humanos.html

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Projeto do Senado pode limitar número de alunos por turma

A Comissão de Educação do Senado brasileiro deve votar em breve o PLS (Projeto de Lei do Senado) 504/2011, de autoria do senador Humberto Costa. O projeto trata sobre o número máximo de alunos na pré-escola e nos ensinos fundamentl e médio.

Na quinta-feira (19/4), a senadora Maria do Carmo Alves entregou seu relatório sobre o projeto, indicando a aprovação do mesmo, na forma da emenda substitutiva. O projeto tramita em caráter terminativo. Ou seja, não precisará ir à votação no plenário, sendo encaminhado diretamente à Câmara dos Deputados.

O projedo do senador Humberto Costa destaca as dificuldades enfrentadas pelos educadores decorrentes do elevado número de alunos por turma e a senadora Maria do Carmo Alves lembra que o projeto não tem nada que possa classificá-lo com inconstitucional. A senadora explica ainda que, em caso de estados e municípios entrarem com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), alegando afronta à autonomia dos entes subancionais, o artigo 22, inciso XXIV, da Constituição Federal confere competência à União para legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional. “Tais comandos, frise-se são importante e devem mesmo ser para a mitigação das desigualdades que assolam o país no campo educacional”, diz a senadora em seu relatório.

A omissão nossa de cada dia

O texto abaixo, do professor Neto Moura, foi publicado originalmente no blog Educa Ação. Todas as vezes que não lutamos, que nos omitimos, nos tornamos corresponsáveis pela situação da educação brasileira. Se você quer melhoria, vá à luta! Eu vou contigo.

A culpa nossa de cada dia

Certamente todos desejam um mundo melhor para se viver, embora nem todos contribuam para isto. Como mencionou Paulo Freire a transformação depende das pessoas,depende de cada um de nós, de nossas atitudes no dia a dia. A transformação do mundo começa com a nossa transformação interna.

Mas o que dizer das pessoas pequenas e das pessoas jovens, que representam o futuro da nação? O que temos feito por eles? Estamos contribuindo para que vivam em um mundo melhor? Estamos dando uma boa educação para todos? Acredito que não, principalmente no que diz respeito à educação.

A culpa do fracasso da educação Brasileira é de todos nós. Não só dos governantes que não investem, que tratam a educação com desprezo, que nunca a colocou como prioridade, mas de todos nós, pois somos nós que os elegemos. É culpa da população que não exigem uma educação pública de qualidade, de quem não luta por mais investimento na educação, de quem não valoriza o professor, de quem não faz nada para melhorar.

Blog com quadrinhos reflete situação dos professores


Com quadrinhos engraçados, atuais e totalmente dentro do contexto da categoria docente, o blog Sofressor ajuda a consolidar a reflexão sobre a educação no país, principalmente no estado de São Paulo, e sobre a situação na qual vive os professores (sofredores, ou sofressores). Rimos da situação e, com isso, refletimos.

José "Ferra" o Sofressor

Livro 'A criação do mundo' apresenta materiais inéditos de autores indígenas

Vanessa Ramos*

São Paulo – É fundamental que a literatura oral indígena seja conhecida e reconhecida como criação artística, da mesma forma que são os livros escritos e publicados, afirma a antropóloga e escritora Betty Mindlin, sobre o livro "A criação do mundo e outras belas histórias indígenas", que foi lançado na última quarta-feira (18).

De autoria de Emerson Souza, indígena Guarani nhandeva, e do historiador e antropólogo Benedito Prezia, o livro traz depoimentos de lideranças indígenas, poemas, preces e mitos sobre a origem da humanidade, a partir da sabedoria popular e da oralidade dos povos.

Para Emerson, o livro é importante para o resgate da memória e o registro das histórias dos povos. “Chego à conclusão de que as histórias oficiais foram contadas da maneira ocidental, muitas vezes negando o direito de nós, indígenas, contarmos a nossa própria história”, disse.

Na publicação, incluem-se textos antigos de outros países, de autores indígenas como os mapuches, cheroquis, quéchuas, incas e maias, assim como materiais inéditos, resgatados pelo próprio autor. “Merece destaque o relato de Emerson, recitando os ensinamentos de sua mãe, Kunhã Nimuendu, e de seu tio, da aldeia Araribá, em São Paulo”, disse Betty.

Segundo Prezia, a proposta da publicação é colocar em destaque o viés de sabedoria e de beleza literária. “Ela serve para que se conheça tal acervo e se devolva aos povos indígenas o seu patrimônio”.

Betty disse que é interessante perceber que o povo Guarani, com mais de 500 anos de contato, tem um de seus representantes com essa preocupação, de escrever e transmitir as histórias de uma forma elaborada e com o domínio da escrita.

“Queremos ajudar a construir outro Brasil, onde os indígenas tenham lugar e exista um efetivo diálogo entre as várias culturas e as formas de conhecimento”, disse Emerson. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Professores indígenas brasileiros lutam por valorização de suas culturas na educação escolar


Movimento de professores luta por formação diferenciada e ensino bilíngue; o país possui mais de 220 povos indígenas e cerca de 180 línguas e dialetos em seu território

por Vanessa Ramos*

O movimento dos professores Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul completa 21 anos de existência. Reconhecido em âmbito regional e nacional, é composto por professores e gestores indígenas na luta por uma educação escolar que realmente possa contribuir para as necessidades de seu povo, que soma hoje uma população de 40 mil pessoas no estado.

Durante seu tempo de atuação, “o movimento indígena participou ativamente na construção da educação escolar indígena, buscando o ensino bilíngue, com a valorização da língua e cultura próprias e a criação de escolas específicas e diferenciadas, com professores indígenas”, diz Veronice Rossato, que atua há 25 anos junto ao povo, na assessoria e formação de professores.

Em 1991, iniciou com a participação de aproximadamente sessenta pessoas e, no ano passado, completou seu 17º Encontro com a presença de mais de 200 Guaranis e Kaiowás entre professores, gestores,
lideranças, nhanderu e nhandesy (lideranças religiosas), estudantes, pais e mães, agentes de saúde.

“Esses encontros têm por objetivos fortalecer a organização dos professores para construir uma escola indígena própria e de acordo com os anseios e necessidades de nosso povo, além de avaliar, planejar e encaminhar as resoluções tiradas nos encontros”, diz a professora indígena Teodora Souza.

Atualmente, o governo brasileiro reconhece a existência de 180 línguas indígenas em seu território. São 240 povos indígenas que somam cerca de 800 mil pessoas (0,4% da população brasileira), segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2010.

Formação diferenciada
“Desde a nossa caminhada já conquistamos os cursos de magistério específicos e diferenciados, a abertura da licenciatura indígena na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e assento na Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena”, relata Teodora.

Algumas das posições do grupo se transformaram em normas legais sobre a educação escolar indígena, em ações governamentais e em práticas escolares. “Surgiram os cursos específicos de capacitação continuada, a elaboração e a instalação do Curso Normal Médio Ara Verá, em 1999 e da licenciatura intercultural Teko Arandu, em 2006. Apesar de muito criticados, os resultados destes cursos confirmam que a participação indígena nas ações e o respeito à diferença é condição de sucesso nas iniciativas que dizem respeito aos índios”, ressalta Rossato.

Para Renata Girotto, mestre em História e apoiadora do povo Guarani, “o grande desafio é manter o movimento indígena caminhando lado a lado com seus mediadores sociais, de forma que ele seja preservado enquanto frente de oposição ao sistema capitalista globalizado”, diz.

Desafios

“A nosso ver, o movimento congrega certa força política, mas falta-lhe poder de operacionalização de ações técnicas educacionais, ainda concentradas nas mãos dos órgãos públicos e sua teia burocrática”, fala Girotto.

“Conseguimos as conquistas na legalidade, mas a implementação dessas leis deixa muito a desejar”, critica Teodora.

Além da educação propriamente dita, o movimento tem se envolvido nas demandas pela terra, seja nas reocupações, seja na elaboração de documentos e na assessoria às lideranças. “A tomada de consciência de seu papel nas lutas do povo já possibilitou o destaque de alguns professores, no âmbito nacional e internacional. Mas, infelizmente, a violência já os está atingindo, especialmente nas áreas em litígio: vários são ameaçados ou reprimidos, dois professores foram assassinados numa reocupação de terra e o corpo de um deles desapareceu”, diz Rossato.

* Vozes da Educação

sábado, 14 de abril de 2012

A Apeoesp e a falsa mobilização

Não estou fazendo desse espaço um veículo de depreciação sistemática da Apeoesp (Associação dos Professores Oficiais do Estado de SP), entretanto, na última assembleia realizada por esta entidade em frente ao Estádio do Morumbi ficou decidido como está publicado no FAX URGENTE nº 27 que:
"Devemos manter os professores informados e mobilizados em todas as escolas, em todas as regiões. Por isso, as subsedes devem realizar nesta terça-feira, 20/03, as reuniões de Representantes, com dispensa de ponto, para que possam retornar às escolas plenamente esclarecidos e transmitir todas as informações
aos professores.

Nossa mobilização não acabou. Ao contrário, somente nossa pressão pode assegurar que o governo não  volte atrás e possamos avançar ainda mais. Além disso, o período até 20/04, data da assembleia, deve ser utilizado para preparar a categoria para um nova greve, ainda mais forte, que será deflagrada se o governo não cumprir seus compromissos conosco."

Estou trabalhando em duas Unidades Escolares em São Bernardo do Campo, uma no centro de São Bernardo e outra no Riacho Grande e também tenho conversado com vários docentes na rede estadual por meio das redes sociais e também nos vários encontros que tenho pessoalmente com os colegas de profissão e todos são categóricos ao afirmar que nada disso que foi tomado como decisão de mobilização em assembléia está acontencendo.

Na semana passada, no dia 09 de abril na publicação do FAX Urgente nº 32 a entidade publicou o resultado da reunião com o Secretário da Educação do Estado de São Paulo, em que fica claro a nítida enrolação do Governo do Estado de SP e nenhum discurso mais incisivo da entidade no intuito de mobilizar a categoria e esclarecer os professores do "passa moleque" que o Governo Paulista está aplicando em todos os Professores da Rede Estadual.

Ao ver a reportagem da TV Bandeirantes sobre o que aconteceu com o Presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo)na greve dos Professores da Rede Municipal de Ensino fico cada vez mais convencido de que a prática dos Sindicalistas que comandam os sindicatos de Professores é sempre a mesma.

Em linhas gerais, os presidentes de sindicato e suas respectivas diretorias são apenas burocratas que fingem lutar e estar ao lado dos Professores e/ou pela Educação de Qualidade.

E assim continua a saga dos Professores da Rede Estadual quem na prática estão cada vez mais usando o salário que recebem do Estado como complementação de renda ou refúgio em eventual desemprego na rede particular e/ou em outras redes. E o pior, esses Professores da Rede Pública Estadual não reagem à essa inércia da APEOESP e consequente falsa mobilização, como reagiram os Professores da Rede Muncipal de Ensino de São Paulo. Escrevo e tenho dito

Prof. Adilson Ferreira

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Autoridade: como tê-la ou perdê-la

“Uma criança, com cerca de quatro anos, saiu do mar e correu para o chuveiro de água doce que havia na estruturada barraca de praia. Sem pestanejar, tirou o biquíni e começou a se banhar. A mãe, autoritariamente, esbravejou: ‘Vista já o seu biquíni!’ A menina não deu importância e ficou a brincar com a água que caía nas conchas que tinha em mãos. A mãe repetiu por três vezes a mesma frase, porém cada vez mais alto. Mas a pequena continuou a ignorá-la. Irritada, disse: ‘Se você não vestir este biquíni agora nós vamos embora!’ Mas a menina seguiu a brincar naquele chuveirão a céu aberto. A mãe arrancou-a dali, levou-a para baixo do guarda sol, sentou-a na cadeira falando sem parar. Deixou-a ali e tratou logo de pedir uma cerveja para se acalmar. A menina, ainda nua, levantou-se devagar, foi até a mãe e disse: ‘Você não disse que íamos embora?’ A mãe suspirou, revirou os olhos e continuou a tomar a sua cerveja.”

Esse é o primeiro parágrafo da coluna da professora Lígia Pacheco, no site da revista Pais&Filhos. Vale à pena ler na íntegra.

Palmada não educa, conclui análise de 20 anos de pesquisas

Atire a primeira pedra o pai ou a mãe que nunca pensou em jogar uma no seu filhote. Mas é melhor não. Vinte anos de pesquisas mostram: castigo físico não dá bons resultados.

Estudos em várias partes do planeta demonstram uma associação clara entre essa forma de punição e problemas como depressão, ansiedade e vícios, que podem começar na infância e se estender para a vida adulta.

Pesquisar o castigo corporal é um desafio. Em ciência, a metodologia mais usada é o estudo controlado aleatório: dois grupos recebem um ou outro remédio, por exemplo. Mas como fazer isso com palmadas? Um grupo de crianças apanha e outro não?

Por isso, são mais comuns os estudos "prospectivos": são estudadas crianças com níveis de agressão ou comportamento antissocial equivalentes no começo e analisada a progressão do comportamento. Ou "retrospectivos", baseados na memória.

Dois pesquisadores no Canadá --a psicóloga Joan Durrant, da Universidade de Manitoba, e o assistente social Ron Ensom, do Hospital Infantil de Eastern Ontario-- analisaram 20 anos dessas pesquisas, incluindo uma metanálise com mais de 36 mil participantes.

A conclusão de Durrant e Enson: "Nenhum estudo mostrou que a punição física tem efeito positivo, e a maior parte dos estudos encontrou efeitos negativos".

Mas será que isso vale para todo o planeta ou só para as sociedades mais tolerantes do Ocidente? Haveria o mesmo efeito em sociedades acostumadas a níveis altos de agressão no cotidiano, como a violência urbana do Brasil?

"Há uma suposição de que quanto mais comum é uma experiência, menor é o impacto nos membros do grupo que a experimentam. A pesquisa sugere uma resposta a essa questão. Crianças brancas, negras e hispânicas nos EUA, apesar de diferenças na prevalência do uso de castigo corporal, compartilham os mesmos riscos do seu uso", disse Ensom à Folha.

QUEM APANHA MAIS
Os melhores estudos sobre a "prevalência da palmada" foram feitos nos EUA. Conhecendo os adolescentes, poderia se esperar que eles seriam os alvos mais naturais.

Mas são as crianças menores que mais sofrem castigo. "Nos EUA, quase todas as crianças da pré-escola levaram palmada. Provavelmente porque são ativas e inquisitivas e têm compreensão limitada de perigo ou das necessidades dos outros", diz Ensom.

Certo, qual a opção, então, ao tapinha "corretivo"? Os pesquisadores falam em "disciplina positiva". A autoridade dos pais continua existindo, mas sem violência.

"A disciplina positiva ensina pacientemente em vez de punir arbitrariamente. Se você espera que uma criança arrume seus brinquedos e ela foi lembrada de fazê-lo, mas mantém a TV ligada em vez disso, é razoável que os pais digam: 'Sem TV até você arrumar seu quarto'", exemplifica o pesquisador.

Bater em uma criança só a ensina a usar agressão, segundo outro pesquisador do tema, George Holden, da Universidade Metodista do Sul, de Dallas, Texas, sul dos EUA.

"Existe um debate sobre o fato de crianças serem menos afetadas pelo castigo se essa for uma prática aceita na sociedade em que ela está. Estudos descobriram que a frequência cultural do castigo é um 'moderador' dos efeitos", disse Holden à Folha.

Segundo Holden, que no ano passado coordenou uma conferência para promover o fim do castigo corporal, as palmadas são mais frequentes de dois a cinco anos.

"Alguns pais batem em crianças mais velhas, talvez 10%, e alguns continuam a usar o castigo corporal em adolescentes", diz ele.

O brasileiro apanhou muito quando era criança ou adolescente, mas os americanos apanharam mais.

Pesquisa de 2010 com 4.025 pessoas com mais de 16 anos em 11 capitais do país revelou que 70,5% sofreram alguma forma de castigo físico quando jovens. Já nos EUA, a porcentagem passa dos 90% --e fica em torno dos 10% na Suécia, segundo o cientista social Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP.

"É difícil fazer pesquisa com criança", diz Alves. Ainda mais porque os pais estão junto e eles podem estar castigando os filhos.

O tema afeta a delicada área dos direitos individuais e da intromissão do Estado na vida privada. Como demonstraram os debates no ano passado sobre a Lei da Palmada --projeto de lei para proibir castigos físicos em crianças e adolescentes, em tramitação no Congresso.

Há pais que defendem o direito de disciplinarem suas crias da maneira que bem entenderem. Mas defensores dos direitos humanos sustentam que eles "começam em casa". E, claro, há o fato de o Brasil ser signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

Mas Alves diz que há pouca chance de a Lei da Palmada vingar. Ele nota a ironia: um adulto bater em outro é crime, mas um adulto bater na sua criança não é.

A Sociedade de Pediatria de São Paulo acaba de lançar o Manual de Atendimento às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência. Na publicação, que será distribuída a profissionais, a entidade afirma que a violência doméstica começa com a palmada.

CHINELO E PAU
Dos brasileiros que afirmaram ter apanhado, a maioria --42%-- afirmou ter apanhado pouco; só 11,4% levavam tapa "quase todos os dias". O mais comum era levar palmada (40,1%), apanhar de chinelo (54,4%) ou de cinto (47,3%); só uma minoria corria riscos maiores ao apanhar de pau ou objetos semelhantes (12,2%). Claro, os percentuais passam de 100% porque os pais variavam a forma de castigar os rebentos...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Greve de alunos da Unifesp ganha adesão dos professores

Construção de um novo prédio definitivo para o campus é uma das principais reivindicações; paralisação dos alunos começou há 20 dias e docentes vão cruzar os braços nesta quinta

Por: Vanessa Ramos

Estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no bairro dos Pimentas, em Guarulhos, na Grande São Paulo, estão em greve há 20 dias, por tempo indeterminado, pela construção de um prédio definitivo do campus que abriga a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), melhorias no transporte, moradia estudantil no entorno e transparência nos processos burocrático da universidade.

Dos 3 mil alunos, aproximadamente 1,3 mil estão parados desde 22 de março, e dos 200 professores, 130 decidiram aderir à paralisação entre quinta-feira (12) e o próximo dia 19, quando pretendem apresentar à comunidade um documentário com denúncias dos estudantes relativas à universidade.

A mobilização dos estudantes ganhou corpo a partir de 2010, quando o movimento estudantil reivindicava um novo prédio para a universidade e a implementação de uma linha de ônibus partindo do metrô Itaquera, na zona leste da capital,  para o bairro dos Pimentas.

Segundo o estudante Jonatas Santiago, representante do movimento estudantil da Unifesp, a construção de um prédio próprio já havia sido anunciada pela universidade em 2007. Para ele, a estrutura atual não tem capacidade para acomodar os estudantes e também não recebe a manutenção adequada. “Na intenção de ampliar o espaço, a universidade fez divisórias para acomodar a sala dos professores. São soluções paliativas que não resolvem o problema”, disse.

Santiago afirmou que a universidade recebe recursos da União para serem aplicados às necessidades emergenciais. Atualmente, por falta de espaço, os estudantes assistem às aulas à tarde e à noite, no Centro Educacional Unificado (CEU) Pimentas.

Esse fato é confirmado por funcionários concursados que não quiseram se identificar. Eles afirmaram que atualmente há cerca de 30 salas de aulas, mas a demanda é de 50, no mínimo. Também informaram que existem 55 funcionários e 80 terceirizados, quando seria necessário o dobro para atender à demanda, crescente nos últimos anos. Os trabalhadores afirmam ainda que o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade não é posto em prática.

Santiago disse ainda que o número de funcionários para atender à comunidade acadêmica é reduzido e que a biblioteca não possui espaço suficiente para o acervo de livros. “Temos 16 mil livros estocados em caixas.”

Na “Carta de Reivindicações”, os estudantes exigem a conclusão do processo de licitação da obra de construção do prédio central, com acompanhamento de uma comissão paritária envolvendo professores, alunos e técnicos administrativos. Também cobram a compra de um terreno onde existe um galpão já alugado pela Unifesp, localizado próximo ao campus de Guarulhos.

Em mensagem enviada à comunidade da EFLCH o diretor da escola, professor Marcos Cezar de Freitas, disse que houve na semana passada uma primeira conversa com representantes do Ministério da Educação sobre a demanda dos estudantes.
Em relação à compra de um prédio para a universidade, em ofício, a reitoria informou à universidade que o imóvel será avaliado pela Caixa Econômica Federal e que, havendo acordo sobre o valor apresentado, a negociação será feita entre a Unifesp e o proprietário. "Caso o proprietário não concorde com a avaliação da Caixa, o MEC providenciará a tramitação necessária para que a Presidência da República declare o imóvel de utilidade pública e, posteriormente, proceda a desapropriação.”

Em nota, a Unifesp afirmou que a universidade está empenhada em resolver a situação e responderá a carta de reivindicações dos alunos ainda esta semana. Disse que a licitação de construção do novo prédio está em vias de conclusão e que já foi alugado um terreno próximo ao campus para a instalação de uma biblioteca de apoio e melhor acomodação do setor administrativo, o que resultará no aumento de 30% da área.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Professores pedem novo modelo de educação para São Paulo

Os professores da rede municipal da capital paulista permanecem em greve desde o último dia 2 de abril. Sindicato diz que pauta é ampla e contempla propostas que buscam melhorias para todo o sistema educacional.

Os professores da rede municipal da capital paulista permanecem em greve desde o último dia 2 de abril. Desde então, ocorreram diversas atividades com o objetivo de explicar para a população os motivos da paralisação.

O professor Paulo Spina explica que a pauta é ampla e contempla propostas que buscam melhorias para todo o sistema educacional e não apenas para a categoria.

“Tem pontos na pauta que são mais corporativos, mas que a gente acha fundamental para ocorrer uma melhora na educação. E isso passa pala questão salarial. E tem pontos que tratam da violência escolar e mais estrutura para as crianças que têm necessidade especial e acabam sendo excluídas na escola.”

A pauta de reivindicações foi entregue pelo Sindicado dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) ao prefeito Gilberto Kassab em fevereiro. Muitos itens ainda estão em estudo técnico e de impacto econômico. Spina lembra que um dos pontos que mais geram discussão é a questão das férias nos Centros de Educação Infantil (CEI).

“Não se trata só das férias dos professores, uma coisa que está ameaçada na Justiça, mas trata também do direito da criança a ter a convivência com a família. Passa pelo conceito de Infância. A gente defende que a escola seja um espaço de educação e não um depósito onde as crianças ficam de janeiro a janeiro.”

A redução do número de alunos por sala de aula é outro item sugerido pelos educadores, que ainda pedem garantia de autonomia pedagógica das escolas na elaboração e execução de seus projetos.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O encanto dos livros

Vejam a maravilhosa dica que minha eterna professora de Sociologia da Educação, Lígia Pacheco, nos passou. Aliás, maravilhosa é a coluna dela na Pais&Filhos. Tanto a dica abaixo quanto a coluna são imperdíveis.

20 livros de literatura infantil para download gratuito
Confira a seleção de livros infantis que estão disponíveis para download gratuito

A literatura infanto-juvenil é um ramo da literatura voltado para as crianças e adolescentes entre 10 a 15 anos de idade. Este tipo de obra procura utilizar diversas imagens para ilustrar o texto e costumam usar personagens na mesma faixa etária dos leitores.


Pensando neste público, reunimos 20 livros de literatura infantil que estão disponíveis na internet para download gratuito. Estes livros estão sob domínio público ou possuem a devida licença do autor para serem disponibilizados gratuitamente.

Veja a relação:

Autora: Lenira Almeida Heck

Autor: José Leon Machado

Autora: Lenira Almeida Heck

Autora: Lenira Almeida Heck

Autora: Lenira Almeida Heck

Autor: Alberto Figueiredo Pimentel

Autora: Adelina Lopes Vieira

Autora: Lenira Almeida Heck

Autora: Adelina Lopes Vieira

Autor: José Cláudio da Silva

Autora: Maria Teresa Lobato Fernandes Pereira Lopes

Autor: Abel Sidney

Autora: Adelina Lopes Vieira

Autora: Adelina Lopes Vieira

Autora: Lenira Almeida Heck

Autora: Lenira Almeida Heck

Autor: Devison Amorim do Nascimento

Autor: Tarcisio Lage

Autor: Eliú Quintiliano

Autor: José Cláudio da Silva