sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Chuchu engasga

Em uma entrevista ao Grupo Estado, por ocasião da disputa eleitoral de 2010, um eleitor de Bauru (interior de São Paulo) pergunta ao então candidato Chuchu Alckmin: "O senhor colocaria hoje seus filhos e netos em escola pública?". O vídeo tem apenas 49 segundos. A imagem mostra o que o governador pensa sobre a educação pública no estado de São Paulo.





Agora eu pergunto: O que o Chuchu fez para melhorar?

sábado, 21 de janeiro de 2012

Mudando Paradigmas na Educação

Esse vídeo de animação, produzido de forma semelhante ao História das Coisas, pode nos ajudar, e muito, a refletir sobre a educação. Tem apenas 11 minutos e 40 segundos. Perca um tempinho. Pode trazer muitas boas reflexões.


Nascimento da Luiza no programa da Plin Plin


Concordo que tanto o programa do canal Plin Plin, que me recuso a dizer o nome e colocar o link aqui, quanto o meme da Luiza são duas futilidades. Até hoje me recusei a postar qualquer coisa sobre ambos os assuntos. Não vejo o programa que até o Boni disse ser ruim e não peguei a onda do Canadá. Com certeza existem coisas mais sérias para serem tratadas neste país de desigualdades.

Mas, minha concordância com o Nascimento vai somente até aí. Uma coisa é eu manter minha chatice e me recusar a ver a “grande merda Brasil” e não reproduzir toda corrente que recebo (meme - outra definição). Outra coisa é eu chamar todo mundo que faz isso de idiota. Cada qual faz o que quer.
Mas, a liberdade incomoda quem está acostumado a mandar e ser obedecido sem que ninguém o retruque.

Quando o Lula assumiu o governo do Brasil e ousou fazer algo diferente daquilo que todos os “lambe-saco” dos States tinham feito até então, quando fingiram assumir o governo (na verdade mantiveram o mando nas mãos do Tio San), as pessoas o criticavam. “Como pode ir contra os Estados Unidos? Eles são os maiores compradores de nossos produtos.”

Estas mesmas pessoas têm posições diferentes para o mesmo tipo de manifestação de rua. Quando elas ocorrem nos países árabes, o povo está “clamando” por democracia. Se os governos tentam impedi-las, estão usando a força para manter a ditadura. Mas, quando a manifestação é a Ocupe Wall Street não se fala que o povo quer democracia, tampouco se diz que o governo está sendo antidemocrático quando tira à força os manifestantes da praça.

O que certas pessoas precisam entender é que cada vez mais a sociedade, em todo o mundo, está deixando de ser controlada pela TV e suas "manias" (espero). Está assumindo sua liberdade. Em que pese apenas estar havendo uma troca de "senhores" (da TV para a Internet), pelo menos pode haver uma ampliação do número dos "ditadores de pauta”. A velha mídia ainda é senhora e soberana do mundo da informação, mas a tendência é que haja uma divisão do poder, uma "democratização". Tem gente que está com medo.

Cabe aos educadores, tanto os responsáveis pela educação formal quanto os educadores populares e membros de movimentos sociais, repercutir essa reflexão e fazer todas as pessoas entenderem que elas são livres para pensar o que e como quiserem, sem a manipulação dos meios de comunicação, incluindo a Internet e suas redes sociais. Nesta reflexão, é preciso ficar claro que não existe imparcialidade nos meios de comunicação. Aliás, não existe imparcialidade em nada neste mundo. Todos, mesmo que instintivamente, “puxam a sardinha” para seu lado. Por isso, não podemos ler ou ver alguma coisa e tomar aquilo como se fosse verdade absoluta e incontestável. Precisamos sempre ouvir o outro lado, olhar por outro ângulo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Acabar com a dissimulação e com a superlotação

Na terça-feira (17/1), a Agência Senado anunciou que o Projeto de Lei 504/11, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), deve acabar com a “flexibilidade” dos estados e municípios, que se utilizavam do parágrafo único do artigo 25 da LDB para superlotar as salas de aula com alunos.

O projeto recebeu parecer favorável da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e está pronto para ser votado pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes de forma terminativa, ou seja, não precisará ir a plenário, se aprovado será automaticamente encaminhado para a Câmara dos Deputados.

O artigo 25 da LDB afirma que “será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento”. No entanto, seu parágrafo único diz que “cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.” Ou seja, este parágrafo “tucanou” a proposta de se ter no máximo 25 alunos nas salas de pré-escola e nos dois primeiros anos do ensino fundamental e de até 35 alunos nos demais anos da educação básica (anos subsequentes do ensino fundamental e no ensino médio).

O projeto do senador Humberto Costa altera o parágrafo e resgata a proposta de se reduzir o número de alunos por sala. Se aprovado, o parágrafo terá a seguinte redação:

“Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetros para atendimento do disposto no caput deste artigo, assegurado que o número máximo de alunos por turma não exceda a:
I – vinte e cinco, na pré-escola e nos dois anos iniciais do ensino fundamental;
II – trinta e cinco nos anos subsequentes do ensino fundamental e no ensino médio.”

É bom lembrar, também, que o governo do Estado de São Paulo, segundo noticiou o jornal O Estado de S. Paulo no último dia 13, vai disponibilizar dois professores por sala de aula, mas somente para aquelas que tiverem mais de 25 alunos no primeiro ciclo e mais de 30 no segundo ciclo do ensino fundamental, ou mais de 40 no ensino médio. Trocado em miúdos, somente terá dois professores as salas que não seguirem o que vai regulamentar a Lei.

Professores de SP: Vai pintar contratação de concursados?

Segue texto publicado hoje na Folha de S. Paulo. Pode “pintar” contratação de professores aprovados no concurso. Ainda mais se lembrarmos que dias atrás a Secretaria de Educação do Estado afirmou que vai colocar dois professores em cada sala de aula. Não sou São Tomé, mas quero ver pra crer. Vale também lembrar que, como anunciamos neste blog no dia 15 de dezembro, a Justiça já tinha determinado que o governo deveria garantir 1/3 de horas extraclasse aos professores.

Justiça manda SP dar mais tempo extraclasse a professores


Governo terá de garantir já neste ano 33% do horário de trabalho a outras atividades, como determina lei nacional

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A Justiça determinou ontem que o governo paulista tem até sábado para aumentar a jornada extraclasse dos professores da rede estadual básica (fundamental e média).

Lei nacional prevê que os professores passem 33% da sua jornada em atividades como preparação de aulas e correção de trabalhos. São Paulo destina apenas 17%.

Em novembro, a Justiça já havia determinado que a alteração fosse feita. Mas como não foi anunciada até agora pelo governo, a Apeoesp (sindicato dos professores estaduais) entrou com novo pedido para a imediata aplicação.

A distribuição das aulas aos professores ocorrerá na semana que vem. "Temíamos que o governo postergasse a alteração e não aplicasse a mudança neste ano letivo", afirmou a presidente do sindicato, Maria Izabel Noronha.

Em despacho publicado ontem, a Vara da Fazenda Pública deu 72 horas para o governo Geraldo Alckmin (PSDB) cumprir a determinação.

A Secretaria da Educação afirmou, em nota, que "a regulamentação da jornada de trabalho dos professores será publicada até o final desta semana, portanto antes do início do processo de atribuição de aulas para 2012".

A nota diz que a medida será feita "como já havia sido programado e divulgado desde o ano passado pela Secretaria da Educação".

Anteontem, o chefe de gabinete da secretaria, Fernando Padula, já havia dito que a publicação da medida ocorreria nesta semana.

A pasta ainda não divulgou oficialmente quais serão os impactos da medida -que vai exigir contratação de professores ou aumento da jornada dos atuais docentes.

As possibilidades analisadas são chamar 16 mil professores já aprovados em concursos, aumentar a jornada de quem já está em atividade e convocar mais temporários.

Estudo do Dieese (que faz pesquisas a sindicatos) diz que seriam necessários 65 mil novos professores na rede, caso o governo decidisse não ampliar a jornada dos hoje ativos. A rede possui cerca de 220 mil professores.

Apesar de aprovada em 2008, a lei do piso que estabelece a jornada extraclasse foi contestada no STF. Só no ano passado o tribunal se posicionou, declarando a norma constitucional.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

As férias e o desenvolvimento cognitivo

Toda quarta-feira a professora Lígia Pacheco publica um novo artigo no site da revista Pais&Filhos. Sempre sobre reflexões sobre o desenvolvimento cognitivo do ser humano. Às vezes (como nesta semana) das crianças, às vezes de adolescentes, às vezes dos jovens, mas sempre com reflexões que ajudam educadores e pais a refletirem sobre suas próprias intervenções, que podem ajudar, ou não, no desenvolvimento do educando/filho.

Acompanho a coluna semanalmente e sempre fico maravilhado.

Nesta semana, ela começa o texto como se fosse uma “redação de volta de férias”, que muitos professores continuam pedindo aos seus alunos. Mas, nos leva a refletir sobre as crianças que ficam tão ligadas aos seus joguinhos eletrônicos que não aproveitam as oportunidades que a vida lhes dá para desenvolverem novas habilidades e conhecimentos. Mas, como sempre, também leva os responsáveis pela educação da criança a refletir sobre suas atuações frente a ocorrências como a relatada no texto.

Vale à pena ler, não apenas o texto de hoje, mas acompanhar a coluna semanal.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

8ª SEMANA DE POESIA -21/10/2011

Em sua 8ª edição, a Semana de Poesia da TV Escola se dedica a falar da poesia em sua essência: os principais gêneros, a linguagem poética, poesia infantil, música e poesia, grandes poetas e os poemas que se tornaram parte do imaginário popular como "a pedra no caminho, Pasárgada, as aves que aqui gorjeiam e não gorjeiam como lá... Além dos grandes protagonistas da Semana, nossos Pequenos Leitores, Futuros Poetas, com os vídeos autorais enviados por escolas de todo o Brasil.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O "Lugar" do Ensino Superior em Debate

Afinal, qual é o sentido da educação? Aliás, a educação tem um sentido? Ou sentidos? Tais perguntas podem até não ser tão complexas para alguns (ou para muitos!), mas as suas respostas são necessárias. E se tornam urgentes sempre que mudanças são propostas ou promovidas em qualquer um dos níveis da educação formal.

O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) apresentou um Projeto de Lei que propõe que o ensino superior seja transferido do Ministério da Educação para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Isso acarretaria que consequências para a educação do país? Haveria mudança na função e no sentido da educação superior no Brasil? Aliás, qual é o seu sentido? Qual deveria ser o sentido do ensino superior brasileiro?

O debate está aberto!



José Maria Alves da Silva

Transferir o ensino superior para a pasta de Ciência enfatiza a preparação só para o mundo do trabalho, em detrimento da política, da filosofia e das artes

O senador Cristovam Buarque é autor de um projeto que propõe a transferência das instituições federais de ensino superior do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). As justificativas apresentadas pressupõem vantagens em direcionar o foco do MEC para a educação básica. O MCT ficaria responsável por gerir o ensino superior.

Segundo o autor, a mudança produziria um desejável equilíbrio entre o MEC e o MCT em termos de importância orçamentária e de estruturas administrativas. Ele afirma ainda que não existiriam gastos públicos adicionais, bastando remanejar funcionários entre os dois ministérios já existentes.

A proposta foi discutida e amplamente rejeitada pelos participantes do seminário "Ciência e tecnologia no século 21", que foi realizado em Brasília, em novembro. O Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes-SN), que organizou o evento, também já havia analisado o projeto e levantado várias objeções.

A nosso ver, o espírito do projeto reflete uma concepção estreita da educação. Ela enfatiza a preparação do homem para o mundo do trabalho, em detrimento de outras dimensões da vida.

Assim, se for aprovado, o projeto irá contribuir para ampliar o já grande viés tecnológico das universidades brasileiras. Por causa dele, estão sendo formados profissionais de nível superior que são até competentes tecnicamente, mas que, em geral, têm formação ruim em outros campos do saber, como a política, a filosofia e as artes.

Esse tipo de "carência educacional" faz com que a contribuição da tecnologia para o desenvolvimento econômico seja anulada pela deficiência ética de engenheiros, médicos, políticos e até mesmo professores e magistrados -os juízes que vendem sentenças também saíram das melhores universidades e passaram em disputadíssimos concursos públicos.

Uma das funções mais importantes que as universidades brasileiras podem exercer é formar docentes qualificados para os ensinos médio e fundamental. Será que tal função seria mais bem exercida se ela estivesse sob responsabilidade do MCT?

Por último, cabe lembrar que onde não há boa educação não pode haver boa ciência e tecnologia. Que país hoje bem servido em ciência e tecnologia não priorizou antes a educação e a cultura?

O que é preciso para colocar o país na rota do desenvolvimento, como muita gente abalizada sabe, é uma revolução na educação. É assim que se acaba promovendo a ciência e a tecnologia.

Mas, para isso, é preciso implantar algo que nunca existiu no Brasil: um sistema de planejamento integrado dos três níveis de ensino, distribuídos entre os entes federativos de acordo com os dispositivos constitucionais vigentes, mas sob a coordenação e a rigorosa supervisão do governo central. Não é "esvaziando" o MEC que se vai chegar lá, muito pelo contrário.

JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA, 59, é doutor em economia e professor da Universidade Federal de Viçosa


Aprovado o ministério da educação de base para valorizar a educação

Qua, 21 de setembro de 2011 10:48

Hoje (21), pela manhã, foi aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado federal o Projeto de Lei do Senador Cristovam Buarque que transforma o MEC em Ministério de Educação de Base e transfere o ensino superior para o âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em 2009, o senador Cristovam Buarque apresentou o Projeto de Lei nº 518, com o intuito de fazer com que o Ministério da Educação concentre suas atenções e energias na promoção da educação de base (ensino fundamental e médio). Hoje, grande parte do esforço do ministro e da equipe é voltada a atender as demandas das universidades. Isso cria uma distorção. O país perde. Todos nós perdemos com isso.

Para o senador Cristovam, o ensino superior estará melhor abrigado no Ministério da Ciência e Tecnologia. Na estrutura das universidades não muda nada, pois têm autonomia. Nem perdem elas recursos e importância. Mas o país ganha porque as universidades podem melhor se engajar em um programa nacional de inovação e desenvolvimento científico e tecnológico.

Uma professora, admiradora do senador Cristovam, escreveu, dias atrás, preocupada com essa mudança porque ela é da área de humanidades e ficou pensando se essa sua área não seria prejudicada passando a conviver com o mundo da tecnologia. A experiência dos últimos anos pode responder a inquietação da professora. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPQ é hoje, junto com a Capes/MEC, o grande financiador de projetos de professores. Lá a área de humanidades é muito respeitada e valorizada. Os professores dessas áreas têm recebido estímulos financeiros, bolsas e recursos.

Pode até parecer paradoxal, mas certamente as universidades vão acabar colaborando mais com o ensino básico estando elas no Ministério da Ciência e Tecnologia. Não mais precisarão disputar com o ensino básico prioridades dentro de seu próprio ministério e assim poderão ver o ensino básico muito mais como um parceiro e um campo de atuação do que uma barreira ou alguém que disputa recursos e prestígio.

Para o ensino básico, é inegável o benefício. Teremos um ministério forte tendo que responder diariamente aos temas da educação de crianças e adolescentes. Ficará mais transparente o compromisso do Estado com a educação.

Quando o senador Cristovam lançou essa ideia, havia muita oposição no Governo e nas burocracias estabelecidas em suas caixinhas de poder. Hoje, essa oposição é muito menor. Cresce a simpatia. Vários pesquisadores de renome, incluindo o próprio ministro Mercadante, que tem feito uma excelente gestão, já se manifestou favorável em várias oportunidades. Mesmo no Ministério da Educação a simpatia tem crescido.

O Projeto de Lei agora vai ser apreciado na Comissão de Educação e depois na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. É um primeiro passo importante a aprovação dele na Comissão de Ciência e Tecnologia, mas o caminho ainda é longo e haverá muitos debates e embates.

Vamos continuar torcendo para que vença o compromisso com a educação e o respeito ao futuro do país ganhe mais corações no Congresso Nacional e no Governo Federal.

O que vai acontecer agora?
A matéria ainda será apreciada pela Comissão de Educação, caso seja aprovada passará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em caráter terminativo, ou seja, sendo aceita sem que ao menos 10 parlamentares peçam para que a matéria vá para o plenário do Senado seguirá direto para o plenário da Câmara dos Deputados.

A íntegra do Projeto de Lei nº 518/2009 está à disposição no link http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_=94190, no “avulso da matéria”.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Vozes da educação

A partir do diagnóstico comum de que a melhora da qualidade da educação pública depende de políticas de valorização dos docentes, organizações de diferentes países da América Latina propõem a criação de uma “rede pela valorização dos educadores latino-americanos”, que tem por objetivos:

* Motivar e fortalecer a participação de educadores e educadoras na análise e proposição de políticas educacionais e práticas educativas;
* Enriquecer e pluralizar o debate sobre a educação pública e a condição docente;
* Contribuir para qualificar a demanda social por direito humano à educação como um bem público.

A rede está sendo construída por um coletivo de organizações não-governamentais, educadores, pesquisadores e associações profissionais. Inicialmente conta com pessoas e instituições de países como Argentina, Brasil, Equador, Paraguai, Chile, Uruguai, Nicarágua, Costa Rica e Peru, mas está aberta à participação em todos os países latino-americanos.

Entre as estratégias e atividades propostas pela rede, estão:

* A criação do espaço virtual de intercâmbio e debate Vozes da Educação entre educadores e a comunidade educativa latino-americana acerca de temas fundamentais para a promoção da qualidade educativa, em português e espanhol;
* O desenvolvimento e o estímulo à produção e divulgação de estudos sobre a condição docente na América Latina, favorecendo também análises comparativas da situação dos países;
* A incidência na agenda pública sobre o tema da valorização docente e sobre o papel dos educadores na melhoria da qualidade da educação pública, e a análise sobre o tratamento da mídia ao tema;
* A promoção de espaços de articulação política entre atores envolvidos na educação pública e com o tema da valorização do ofício docente.

Foram definidos alguns temas prioritários de debate e reflexão da rede: questões referentes à valorização dos docentes (sistemas de avaliação/bonificação e incentivos, ingresso e progressão na carreira, formação inicial e continuada, o papel do docente, condições de trabalho, formas de contato e remuneração, rotatividade e absenteísmo, entre outros); concepções pedagógicas (os paradigmas do ensino, relação docentes-família, relação entre a aprendizagem e a afetividade/cuidado); e a abordagem da educação como bem público (a relação entre o público e o privado, a educação como direito humano e o financiamento necessário para uma educação pública de qualidade).

Participe!
Sua instituição, pode participar da rede de diferentes maneiras: divulgando sua existência; participando das discussões presenciais ou virtuais; elaborando notícias e compartilhando estudos, investigações e outros documentos; promovendo debates em suas comunidades e países; decidindo as estratégias, as formas de funcionamento e os focos prioritários da articulação, entre outras ideias.

Entre em contato com observatorio@acaoeducativa.org para saber mais sobre as formas de participação e aderir a essa rede.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Investimento e atenção dos pais é essencial na 1ª infância

Muito interessante a entrevista com o pesquisador Jack Shonkoff, do Centro para o Desenvolvimento Infantil, de Harvard, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no dia 8 de janeiro.

Os estudos comprovam o que vemos no dia-a-dia das escolas: os pais que se preocupam com a educação de seus filhos (no caso, na primeira infância) dão uma grande contribuição para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Em contrapartida, a convivência das crianças com ambientes violentos têm impacto negativo na formação.

Vale à pena ler o texto no íntegra.

'Investimento em 1ª infância é o mais essencial'

Crianças pobres não estão condenadas a rendimento educacional mais baixo, mas bons programas são necessários, diz pediatra

08 de janeiro de 2012 | 11h 54
Alexandre Gonçalves, de O Estado de S. Paulo

A ciência dirimiu todas as dúvidas quanto à relevância social da educação na primeira infância - entre zero e seis anos. Falta agora os gestores públicos acordarem para o tema, afirma Jack Shonkoff, do Centro para o Desenvolvimento Infantil, de Harvard. O pesquisador americano reconhece a dificuldade de convencer políticos a investir tempo e recursos em projetos que só darão frutos quando já tiverem deixado o cargo. Ele veio a São Paulo no dia 20 para do Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, organizado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e falou ao Estado sobre as descobertas na área.

Qual é o estado atual do conhecimento sobre educação na primeira infância?
Houve uma revolução. Durante décadas, observávamos claramente como uma família preocupada com a educação das crianças na primeira infância poderia exercer um poderoso estímulo no seu desenvolvimento. Também ficava patente que a exposição precoce a ambientes violentos têm um impacto muito negativo no processo formativo. Agora, começamos a entender como esses fatores de estímulo ou estresse influenciam a fisiologia da criança com menos de seis anos, especialmente o cérebro. Tal conhecimento ajuda muito na hora de pensar intervenções para diminuir o abismo que separa crianças que receberam uma educação adequada daquelas expostas a um ambiente ruim.

Que tipo de intervenções são possíveis com este conhecimento?
Primordialmente, precisamos identificar qual é a situação da criança. Há muitas famílias pobres que dão uma excelente educação para os filhos. Elas só não tem dinheiro e informação. Nesse caso, basta organizar programas que ofereçam informação para os pais e escolas de boa qualidade mantidas com dinheiro público. Crianças submetidas a um ambiente marcado por doenças mentais, drogas ou relacionamentos violentos constituem um problema bem mais complexo. A ciência tem mostrado que o impacto do estresse nessa fase é tão grave que aumenta o risco de hipertensão, diabete e cardiopatias na idade adulta. Naturalmente, o cérebro é o principal afetado com danos comprovados em diversos circuitos. Educadores e - na medida do possível, os pais - precisam identificar com precisão qual é o fator de estresse e tentar criar um espaço de segurança ao redor da criança. Precisarão ensinar a ela técnicas para lidar com as situações negativas a que está submetida, minimizando os danos. Sem isso, prover os estímulos tradicionais é insuficiente. Não serão eficazes para corrigir os prejuízos já sofridos na afetividade e na cognição.

O que diferencia programas de sucesso de iniciativas ineficazes?
O principal fator determinante para o sucesso de um programa é o treinamento adequado dos educadores que vão conduzi-lo. Há uma tentação de pagar pouco para esses profissionais. Mas é uma economia ilusória, pois diminui a qualificação e o comprometimento de quem você contrata. O resultado que você consegue por cada dólar investido cai bastante. Qualquer administrador de empresa sabe que não compensa. E a qualificação é tanto mais necessária quanto maiores são os dramas enfrentados pelas crianças. O número de adultos necessários ao lado das crianças é também maior quanto mais novas elas são. Quinze crianças de três anos para um único adulto, por exemplo, é uma situação enlouquecedora. Além disso, um único programa aplicado para toda a população costuma ter resultados ruins. É preciso conceber diferentes programas que correspondam às necessidades específicas de cada grupo. Para a maioria das famílias carentes, de fato, bastará prover informações para os pais, que muitas vezes não tem qualquer escolaridade, e os ajudar a contribuir para a educação dos filhos. Os pais continuam sendo os atores mais importantes na educação dos filhos. Programas que conseguem engajá-los na formação das crianças apresentam taxas de sucesso muito maiores. Mas são necessário programas especiais para grupos de risco.

Qual deve ser o foco da educação nessa fase da formação?
O estímulo do uso da linguagem, conversando muito com as crianças, lendo para elas. Só assim elas conseguem criar sua própria linguagem. As aptidões nessa área são um excelente preditor de sucesso acadêmico no futuro.

Como medir o progresso das crianças no início da infância?
Por um lado, é muito fácil. Há protocolos científicos bem estabelecidos que conseguem avaliar as aptidões desenvolvidas desde cedo. Até por recém-nascidos. Testes, por exemplo, que avaliam a resposta a estímulos visuais com base no movimento dos olhos da criança. A dificuldade não está aí, mas na imensa variabilidade do ritmo de desenvolvimento de uma criança para outra. Por isso, precisamos de pessoal qualificado para interpretar os resultados dos testes tendo em conta esta variabilidade. Sem isso, torna-se impossível identificar com precisão se os métodos pedagógicos estão produzindo resultados adequados e tomar decisões racionais baseadas em evidência. Consequentemente, o dinheiro investido pode estar escoando pelo ralo.

Como compensar mais tarde deficiências no processo formativo da primeira infância?
Quando a criança nasce, já tem quase todas as células do cérebro que a acompanharão durante a vida. Mas faltam ainda os circuitos e conexões que ligam os neurônios. Na primeira infância, essas conexões ocorrem de uma forma muito rápida. Além dos fatores genéticos, o principal determinante são as experiências que a criança vivencia. Nos primeiros dois anos de vida, o ritmo de ligações alcança 700 conexões por segundo. É como a construção progressiva de uma casa. As primeiras conexões são o fundamento, as seguintes são as paredes, depois o telhado... Os circuitos de maior complexidade dependem dos anteriores, mais elementares. Naturalmente, o cérebro não perde a capacidade de compensar deficiências e nunca é tarde demais para desistir. Mas o resultado fica aquém quando comparado com um desenvolvimento adequado e o custo torna-se muito maior.

Em um País como o Brasil, com um sistema educacional público imenso e repleto de problemas, vale a pena falar em investimentos na primeira infância?
Sem dúvida alguma. Antes de todas essas evidências científicas, um político poderia defender que não valeria a pena argumentando que a criança não aproveitaria a formação recebida nesta fase. Agora, um discurso assim não vale mais. Precisamos tomar a decisão política de priorizar a primeira infância. O Brasil é um País que está crescendo economicamente mas ainda sofre com uma distribuição de renda muito desigual. Tem uma necessidade enorme de capital humano. Devemos compreender de uma vez por todas que crianças que nasceram em uma família pobre não estão necessariamente condenadas a um subdesenvolvimento cognitivo. Não precisa ser assim. E o dinheiro investido na primeira infância apresenta a melhor relação custo benefício de todos os investimentos feitos em educação. A segunda decisão política a ser tomada é reconhecer que, para grupos restritos da população, estímulo educacional não é suficiente. Para famílias em situações de maior vulnerabilidade, são necessários programas para diminuir e compensar os fatores de estresse na educação das crianças. A sociedade deve perceber que o investimento na primeira infância compensa. Além de aumentar, no futuro, a população economicamente ativa diminui muito o número de pessoas que vão parar nas prisões. Há estudos que comprovam isso.

Como convencer os gestores públicos de que vale a pena tomar essas decisões?
Sem dúvida, não é fácil. Investimentos em educação na primeira infância são sementes que você lança e seus filhos e netos colherão depois. É necessário um sentido de legado que falta a muitos políticos preocupados com seu próprio desempenho na próxima eleição. Mas precisamos argumentar e a ciência oferece ótimos argumentos. Um famoso estudo realizado em Michigan comparou durante quarenta anos o desempenho de pessoas pobres que tiveram acesso à educação na primeira infância com indivíduos semelhantes mas que não receberam o mesmo apoio. Os resultados são eloquentes. A probabilidade de concluir o ensino médio era 20% maior no grupo que estudou na primeira infância. O envolvimento com crimes também era significativamente mais baixo no mesmo grupo. Economistas calcularam que para cada dólar investido na primeira infância, nove dólares eram economizados depois. Sem dúvida, as crianças serão mais felizes. No futuro, sua taxa de empregabilidade, por exemplo, será maior. Contudo, precisamos perceber que a sociedade é quem lucra o maior benefício.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ser professor não é fácil

Vida de professor não é fácil. Constantemente os professores indicam a leitura de artigos de jornais, filmes e outros mecanismos para seus alunos. É uma forma de atualizar o conteúdo, fazer com que a matéria esteja o mais conectada possível com o cotidiano do aluno.

Mas, ao ler o artigo “Velha mídia e representação da política”, ficamos com o pé atrás. O artigo reflete sobre a atuação da imprensa e as artimanhas que ela utiliza para fazer valer seu ponto de vista. Não deixem de ler. Ajuda muito na reflexão.

Aí pergunto: Será que vale mesmo à pena indicar a leitura/acompanhamento dos jornais e revistas? Acho que vale, mas vale também recomendarmos cuidado com o que se lê, mostrar que existe muita informação nas entrelinhas e que a imprensa defende o seu (dela) lado. Por isso, vale recomendar cautela com o que se lê nos jornais e revistas e se vê na TV. Não é porque o jornal/revista disse que é verdade. É preciso comparar as informações entre diferentes meios de comunicação e, mais importante ainda, procurar debater sobre o que se viu/leu para que haja uma intermediação mais apurada sobre o é dito pela imprensa.

Seguem abaixo os três primeiros parágrafos do artigo, mas vale à pena ler na íntegra. Para isso, acesse o link no título abaixo.


Emiliano José *

Há um evidente esforço político para desqualificar a política. O esforço parte de modo evidente da mídia brasileira. Melhor, da velha mídia – aquela oligarquia que há décadas tenta monopolizar o discurso no Brasil, participa de tentativas de golpe e de golpes, como os de 1954 ou o de 1964, torna-se conivente com os governos com os quais concorde, combate acidamente aqueles dos quais discorde, e sempre, aberta ou dissimuladamente, trava uma espécie de queda de braço com o Legislativo no sentido de representar o povo, sem que tenha um único voto para tanto.

Vivemos um momento curioso, com aspectos paradoxais. Um país que nos últimos anos, pela política, e sob o jogo aberto da democracia, promoveu transformações jamais vistas em nossa história, especialmente nas condições de vida do povo brasileiro, malgrado não tenhamos, por impossibilidade, ainda superado as tantas mazelas sociais que acumulamos durante séculos. Essa característica é sumariamente desconhecida pela velha mídia, e é destacada no exterior, para desespero de uns tantos colunistas absolutamente tomados pela visão neoliberal do mundo.

As manchetes, os lides, o corpo das matérias, reportagens, artigos das revistas, dos jornais e das emissoras de tevês revelam outro Brasil – aquele inteiramente tomado pela corrupção, como se verdadeiro fosse. Lembro-me de um conceito desenvolvido pelo professor Venício Lima (Cenário de Representação da Política) que cai como uma luva para a análise desse paradoxo. Diria que a velha mídia, tenta, a todo custo, compor um cenário de um país sem projeto, de um governo leniente com a corrupção, de um Legislativo inteiramente tomado por ladrões do dinheiro público, de executivos envolvidos todos com falcatruas, e por isso, fundamental seria as ruas serem invadidas por novos caras-pintadas contra esse monstro chamado corrupção.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

15 anos de LDB: o que mudar?

Um artigo da presidenta da Apeoesp apresenta uma reflexão sobre a necessidade de revisão da LDB. Acredito que valha à pena a leitura para que se promova um debate sobre o tema. Segue abaixo a primeira parte do texto.

Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP
Membro do Conselho Nacional de Educação e do
Fórum Nacional de Educação

Após 15 anos da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, há um consenso de que o eixo norteador da revisão desta lei maior da educação brasileira é a busca da qualidade e o acesso de todos os brasileiros à educação pública. Mas temos a convicção de que o Brasil não vai superar seus déficits e deficiências na área da educação se prevalecer a atual fragmentação dos sistemas e das políticas educacionais.

No Brasil, hoje, confunde-se a autonomia administrativa dos entes federados, como parte do pacto federativo previsto na Constituição Federal, com uma quase plena soberania no que se refere às questões educacionais. Assim, muitos Estados, Distrito Federal e Municípios aplicam ou deixam de aplicar leis, diretrizes, normas e programas emanados do âmbito federal de acordo com suas próprias conveniências.

Avanços recentes, resultados da conjugação de esforços do movimento social e das instituições do Estado, entre elas este Conselho Nacional de Educação, têm introduzido mudanças importantes na educação brasileira, que buscam regulamentar os dispositivos da Constituição Federal que dizem respeito à educação e dispositivos da própria LDBEN. No entanto, falta hoje harmonia na LDBEN entre o texto original e os avanços posteriores e isto deve ser levado em conta no trabalho de revisão da lei.

A grande lacuna que ficou em relação ao que determina a Constituição Federal diz respeito à regulamentação do regime de colaboração entre os entes federados em matéria educacional. Hoje, o Estado e a sociedade brasileira discutem a superação dessa lacuna através da construção do Sistema Nacional de Educação, ideia que já estava contida no substitutivo do então deputado Jorge Hage (PL 1258/88), quando da tramitação da LDBEN no Congresso Nacional, mas que, infelizmente, não prevaleceu naquele momento.

Na realidade, a forma fragmentária como a LDBEN organiza a educação nacional foi superada, na prática, com a promulgação da Emenda Constitucional nº 53 (EC 53/2006), que criou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério (FUNDEB). A LDBEN, como hoje está redigida, é coerente com o antigo FUNDEF, que priorizava o ensino fundamental em detrimento dos demais níveis e modalidades de ensino. A partir da questão da distribuição dos recursos financeiros, via FUNDEB, concretizou-se a concepção de educação básica que compreende desde a educação infantil, como sua primeira etapa, até o ensino médio, com todas as modalidades. É preciso, agora, compatibilizar a LDBEN com a nova legislação e com a concepção de educação básica que a embasa, para que possamos avançar ainda mais, tornando irreversíveis as conquistas já alcançadas.

A questão do sistema nacional volta à pauta com muita força, tendo em vista as deliberações da Conferência Nacional de Educação (CONAE) pela construção do Sistema Nacional Articulado de Educação (SNAE), as propostas para o novo Plano Nacional de Educação (PNE), também definidos na Conferência e a Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009 (EC59/2009), sobre a qual voltaremos a nos referir em vários momentos deste texto.

O objetivo deste trabalho é chamar a atenção para as novas legislações e propostas que devem ensejar mudanças na LDBEN, inclusive os diversos pareceres e resoluções elaborados pelo Conselho Nacional de Educação e já homologados pelo Senhor Ministro da Educação, para que ela corresponda às necessidades da educação brasileira, incorporando os avanços já conquistados e as propostas emanadas dos mais diversos segmentos.

Leia os pontos que ela considera essenciais, em cada capítulo, para o debate e a reflexão em torno da revisão da LDBEN.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ensinar o que realmente interessa

Vendo o quadrinho acima, me fez lembrar dos debates sobre a cartilha Caminho Suave, durante as aulas na faculdade de Pedagogia. Será que os professores ainda continuam ensinando coisas inúteis para os alunos? Essa Mafalda! Sempre nos levando a refletir.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Qual o valor do piso dos professores para 2012?

O texto abaixo foi publicado no blog do Luiz Araujo. Vale à pena ler o texto e os comentários postados no blog dele.

Apesar da manobra do governo para impedir que o Substitutivo do Senado seguisse seu trâmite na Câmara dos Deputados, o governo não conseguiu alterar a Lei nº 11.738/2008 e assim o valor do piso salarial dos professores continuará sendo corrigido pela variação do valor mínimo por aluno do FUNDEB.

Nos dois anos anteriores o MEC divulgou valores de piso tendo por base a variação dos valores mínimos do FUNDEB projetados para os dois anos anteriores. Em 2011 o valor anunciado foi de R$ 1.187,00. Assim, cabe ao MEC anunciar para 2012 um piso salarial no valor de R$ 1.450,79. Explico melhor:

1. A Portaria Interministerial nº 538-A, de 26 de abril de 2010 retificou os valores projetados para 2010, estabelecendo o valor mínimo para as séries iniciais de R$ 1.414,85;

2. A Portaria Interministerial nº 1.721, de 07 de novembro de 2011 retificou os valores projetados para 2011, estabelecendo o valor mínimo para as séries iniciais de R$ 1.729,28; e

3. A variação entre estes dois valores projetados é de 22,22%. Aplicando este percentual sobre o valor do piso atual (oficioso do MEC) encontraremos um novo piso para 2012 de R$ 1.450,79.

Bem, isso se o MEC mantiver a coerência de seus cálculos. Vamos aguardar!