sábado, 21 de outubro de 2017

Sobre Bullying e Tragédias.


Sobre Bullying e Tragédias. 


Sobre o último fato chocante efêmero do país paira a obtusidade de praxe. TV e outros meios de comunicação a demonizar uma criança que reagiu ou justificar tal reação. Nadam de cachorrinho com o nariz tampado num poço lamacento.

Já nas mentes que debatem educação reina a hipocrisia. Sim, pois ainda insistem em tratar a escola como uma ilha, como se dentro dela não houvesse o melhor e, infelizmente, o pior da sociedade. Defendem que a escola deve resolver um problema de natureza social e, assim, se tornam cúmplices de um status quo que continuará a ceifar vidas e almas em sala de aula.

Dito isto, todas as crianças envolvidas neste fato de Goiânia são vítimas, tanto quem atirou quanto quem foi alvejado. Sobre os efeitos do bullying, nem me dou o trabalho de discutir. Mas a questão é por que indivíduos possuem prazer em rebaixar outros com os quais convivem diariamente.

E a sociedade estupefata e chocada, antes de se alienar com o final de uma outra mesma novela de sempre, segue ignorante e cúmplice, pois o ato do bullying nada mais é que a extensão da lógica social individualista, onde cá fora da escola homens e mulheres se relacionam por meio da lógica da disputa, da falsa meritocracia, do ser melhor que os outros a fim de conquistar o seu lugar no sol da sociedade de consumo, em que coisas materiais possuem mais valor que o humano.

Nisto, as crianças absorvem este fratricídio cotidiano e o levam para o espaço escolar. A própria escola nessa lógica de educar para o mercado de trabalho, de priorizar avaliações em que mentes tão inquietas e curiosas são classificadas com o número no pedaço de papel que as subjugam reproduz o que pensa esvaziar. É a desumanização em forma de propagação do conhecimento num local em que equações, sintaxes e fórmulas são decoradas, mas onde não impera o entendimento da própria espécie. Onde o sofrimento das crianças, as que ofendem e as que são ofendidas, passa despercebido.

Num momento em que o próprio cinema brasileiro naturaliza o bullying e o mau caratismo como prática estudantil, nada mais hipócrita do que uma sociedade que se choca com aquilo que ela mesmo defende e produz.

Até o próximo derramamento de sangue em sala de aula.Já nas mentes que debatem educação reina a hipocrisia. Sim, pois ainda insistem em tratar a escola como uma ilha, como se dentro dela não houvesse o melhor e, infelizmente, o pior da sociedade. Defendem que a escola deve resolver um problema de natureza social e, assim, se tornam cúmplices de um status quo que continuará a ceifar vidas e almas em sala de aula.

Dito isto, todas as crianças envolvidas neste fato de Goiânia são vítimas, tanto quem atirou quanto quem foi alvejado. Sobre os efeitos do bullying, nem me dou o trabalho de discutir. Mas a questão é por que indivíduos possuem prazer em rebaixar outros com os quais convivem diariamente.

E a sociedade estupefata e chocada, antes de se alienar com o final de uma outra mesma novela de sempre, segue ignorante e cúmplice, pois o ato do bullying nada mais é que a extensão da lógica social individualista, onde cá fora da escola homens e mulheres se relacionam por meio da lógica da disputa, da falsa meritocracia, do ser melhor que os outros a fim de conquistar o seu lugar no sol da sociedade de consumo, em que coisas materiais possuem mais valor que o humano.

Nisto, as crianças absorvem este fratricídio cotidiano e o levam para o espaço escolar. A própria escola nessa lógica de educar para o mercado de trabalho, de priorizar avaliações em que mentes tão inquietas e curiosas são classificadas com o número no pedaço de papel que as subjugam reproduz o que pensa esvaziar. É a desumanização em forma de propagação do conhecimento num local em que equações, sintaxes e fórmulas são decoradas, mas onde não impera o entendimento da própria espécie. Onde o sofrimento das crianças, as que ofendem e as que são ofendidas, passa despercebido.

Num momento em que o próprio cinema brasileiro naturaliza o bullying e o mau caratismo como prática estudantil, nada mais hipócrita do que uma sociedade que se choca com aquilo que ela mesmo defende e produz.

Até o próximo derramamento de sangue em sala de aula.