A Metáfora da ponte
Por um primeiro momento, imaginemos que estamos todos numa jornada de saída de um lugar com destino a outro. Estamos, então, atravessando por uma ponte pênsil, daquelas que balançam ao menor movimento. Somos muitos.
Conhecemos muito bem de onde saímos, o lugar, o clima, as formas de vida... Mas temos um total desconhecimento acerca do lugar para onde estamos indo. Olhamos para o início da ponte, de onde partimos, e temos a sensação de que estamos deixando algo conhecido, e olhando para o ponto final da ponte, o nosso ponto de chegada, e nos lembramos de que nada sabemos daquele lugar. Existirão lá monstros? O clima é humano? A vida é baseada nos princípios biológicos que conhecemos? Não sabemos.
Por isso, toma conta de nós um mal estar, um medo, um temor que nos faz refletir. Será que é bom continuar? Parar, não podemos. A ponte balança demais! As crianças choram! Os mais idosos sentam-se, agarram-se às amarras da ponte e negam-se a caminhar mais. Outros negam-se a sentir o mal estar, acreditando que tudo passará, e continuam parados, conversando como se nada estivesse acontecendo. Alguns decidem voltar. Dirigem-se ao ponto de partida. Mas sentem um fenômeno estranho: quanto mais andam em direção ao início da ponte, mais este se distancia, parecendo cada vez mais um ponto longínquo no horizonte.
Todos descobrem, portanto, que não existe retorno. Só a caminhada para frente, para o desconhecido.
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O texto acima é parte do “Texto-Base preparatório para o VI Encontro Nacional do Laicato do Brasil”, que será realizado no Rio de Janeiro, em Junho. Antes disso, o Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo realiza no dia 19 de novembro, um Seminário de Estudo com base no mesmo material. Mesmo se você não for participar de nenhum dos encontros, vale à pena ler o material. Pode contribuir muito com a formação.
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