A Copa do Mundo no Brasil, ao contrário de que muitos imaginavam foi uma festa de grande confraternização entre os povos do mundo. Os brasileiros estavam com receio de que nosso país não desse conta do evento devido à desorganização e falta de infraestrutura de muitas cidades brasileiras. Todavia, a maioria dos turistas que visitaram nosso país por causa do evento Fifa ficaram satisfeitos principalmente com a acolhida e hospitalidade. Como eles sabiam que estavam em uma nação que não é plenamente desenvolvida foram tolerantes com um outro desvio.
Dentro de campo a Seleção de Futebol que representou o nosso país avançava "a trancos e barrancos" na competição na base da emoção e no espírito da nova "família Scolari". Nesse aspecto, podemos afirmar que isso só não era necessário, pois tratava-se de Copa do Mundo. A Seleção da Alemanha avançava sem nenhum susto no torneio e não era nenhuma revelação, já que era uma seleção tricampeã. O Ufanismo brasileiro juntamente com a arrogância de "pensar" que o Brasil era o país do Futebol culminou com uma derrota acachapante pelo placar de 7 a 1 para a Alemanha. Assim, os visitantes colocaram o Brasil no mundo do subdesenvolvimento do futebol, uma revelação não tão agradável para quem acreditasse no contrário.
Logo após a Copa do Mundo, os meses de agosto, setembro e outubro foram marcados pelas eleições gerais mais disputadas desde 1989. A disputa intensa entre os três principais candidatos à Presidência foi marcada por intensos ataques pessoais e políticos mútuos entre eles/as, além do discurso do ódio sendo instaurado de forma perigosa. Nesse aspecto, vale a pena ressaltar um sentimento que não era tão latente no Brasil, a Xenofobia.
Essa revelação de que muitos brasileiros são xenófobos com pessoas de seu próprio país, não condiz com a hospitalidade com que tratamos os turistas que há muito pouco tempo nos visitaram e foram tratados com uma cordialidade desprovida de preconceitos e extremamente elogiada pelos estrangeiros que por aqui estiveram durante a Copa do Mundo.
Segundo o Dicionário Houaiss, Xenofobia é a "desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país;". A forma como alguns eleitores do Sul e do Sudeste reagiram à votação do Norte e do Nordeste revelou um sentimento xenófobo e preconceituoso entre os Brasileiros. Afirmo que foi preconceituoso porque alguns brasileiros/as do Nordeste e Sudeste se intitulavam mais informadas e cultas que os do Norte e Nordeste e xenófobo porque houve quem levantasse bandeira pela separação do Norte e Nordeste do restante do País. Essa sandice foi propagada até por políticos da região sudeste o que aflorou debates calorosos nas redes sociais que difundiram de forma ampla essas diferenças entre os brasileiros no modo de ver e analisar a política brasileira.
Creio que depois da Operação Lava Jato deflagrada em março deste ano pela Polícia Federal ficou evidenciado que nenhuma região do país é mais informada e/ou culta do que outra. Essa revelação da Polícia Federal que desde 2003 vem intensificando as investigações de crimes do colarinho branco com o aval do já falecido ex- Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos estão aos poucos mudando o país por mais que algumas pessoas mais pessimistas achem que não.
Outra revelação relevante mais recente foi a suspensão do patrocínio do Banco do Brasil à Seleção Brasileira de Vôlei. Esta última sempre nos orgulhou com suas medalhas de ouro e agora nos deixa desconfiado da forma como tudo isso aconteceu A Análise do Jornalista Juca Kfouri sobre os fatos nos remetem à ideia de que algumas coisas estão começando a mudar ou pelos menos serem reveladas no Brasil. Alguns Jogadores ameçam até parar a superliga após a Controladoria Geral da União comprovar irregularidades na gestão do dinheiro público na Confederação Brasileira de Vôlei.
Mediante os aspectos abordados, podemos afirmar que 2014 foi sim um ano de revelações, em sua maioria negativas é verdade, mas que tudo isso seja levado em conta para construirmos por meio de gestos concretos em todos os lugares em que estaremos em 2015 um Brasil mais honesto, ético e justo em todas as esferas.
Escrevo e tenho dito!
Prof. Adilson Ferreira dos Santos
Prof. Adilson Ferreira dos Santos
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