Incapaz de negociar, a Secretaria da Educação opta
pela tentativa de intimidação e quer proibir a Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de expressar-se junto à
população para que apoiem o movimento, que busca melhorar a qualidade da escola
pública.
A
Secretaria Estadual de Educação afirma que a greve dos professores é fraca.
Porém, nas escolas o sentimento é outro. A paralisação está crescendo e conta
com o apoio dos pais e dos estudantes. Na sexta feira, 26, dia da última assembleia,
que contou com a presença de mais de 20 mil participantes, a média de
professores paralisados foi de 50% em todo o estado.
Por
isso, o Governo Estadual pressiona os professores com ameaças descabidas, pois
o direito de greve está assegurando na Constituição Federal e o direito de
greve para os servidores públicos, em particular, é garantido por acórdão do
Supremo Tribunal Federal.
O
governo tuCANALHA do Chuchu Alckmin ingressou com ação judicial para suspensão
da inserção da Apeoesp na televisão, para retirar do ar a frase “Senhores pais: por favor, apoiem a nossa
luta. Não enviem seus filhos à escola durante a greve”, o governo não
obteve liminar e recorreu por meio do chamado agravo de instrumento,
conseguindo, desta segunda vez, decisão favorável. A pena é o pagamento de
multa de R$ 20 mil por inserção.
A
Apeoesp considera a decisão injusta. Apenas quer dialogar com os pais, no
sentido de que seja garantida, após a greve, a reposição de aulas para todos os
estudantes. Por isso, recorreu da decisão e vai manter a inserção e o diálogo
com toda a sociedade. “Não vão nos
calar!”, diz o sindicato.
“A greve continua e a culpa é da intransigência e da
truculência do Governo Estadual e do Secretário da Educação”, ressalta
informativo dos professores.
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