sexta-feira, 30 de março de 2012

As crianças e a ditadura da publicidade na TV

Aqui mesmo neste blog já postei por mais de uma vez textos divulgando o documentárioCriança, a alma do negócio”, produzido pelo Instituto Alana. Mas, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), em votação do Supremo Tribunal Federal (STF), me obriga a utilizar esse documentário, mais uma vez, para mostrar como funciona (livremente) o mercado publicitário brasileiro.

O documentário demonstra os artifícios “publicitários” utilizados pelas empresas e pela TV para transformar as crianças em verdadeiras consumistas. Perdem a infantilidade, deixam de brincar e se tornam “mini-adultos”, “mini-adultas”.



As crianças, que ainda estão com seu intelecto sendo formado, são mais suscetíveis a alguns estímulos. Sabedoras disso, empresas utilizam a TV para expandir suas vendas e, consequentemente, seus lucros.

Em nome da “liberdade de imprensa”, no Brasil, a criança se tornou a Alma do Negócio. Mas, é preciso esclarecer, que publicidade não é jornalismo, não é imprensa. Publicidade é comércio, visa vender, o lucro, não tem por objetivo informar.

Mesmo assim, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – eleitores, guardem bem o nome deste partido – e a Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão (Abert), entraram com a ADI para que seja declarada inconstitucional o artigo 254 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que obriga as emissoras de televisão a respeitar os horários autorizados para exibição de determinados programas, de acordo com sua classificação etária indicativa.

No site da Ação Educativa é possível ler um manifesto que explica o processo e expõe, claramente, o motivo pelo qual a ADI deve ser declarada improcedente. O manifesto detalha, também, os motivos pelos quais a manutenção da classificação indicativa é importante para assegurar às crianças um desenvolvimento adequado.

Não vou falar mais nada sobre isso neste texto. Leia os textos postados neste blog sobre o documentário Criança, a Alma do Negócio, veja o vídeo e leia o manifesto no site da Ação Educativa. Com certeza você também terá uma opinião formada sobre o assunto e entrará na luta para que a ADI seja declarada inconstitucional.

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