terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Educação de SP-Situação precária

Ao ler o texto abaixo, veiculado hoje pelo Estadão.com, constatamos o que todos sabemos: o acesso à educação permanece como um direito que ainda não atingiu a universalidade dos brasileiros em idade escolar. Que dirá aqueles que não tiveram a oportunidade de estudar na idade adequada e, por isso, não foram incluídos na pesquisa.

No entanto, não basta estender o acesso, é preciso melhorar a qualidade da educação oferecida aos estudantes, principalmente aqueles que estão matriculados em escolas públicas.

Não existe receita pronta, mas os especialistas destacam a importância da valorização dos docentes para se atingir esse objetivo. Na contramão do que os especialistas recomendam, o governo do Estado de São Paulo está em guerra judicial contra os professores que pedem apenas que seja cumprida a Lei do Piso, que determina que em 1/3 das horas-aula os professores possam realizar atividades extraclasses.

Além de não garantir educação pública de qualidade, o estado mais rico da nação não cumpre nem o dever de garantir o acesso de todos à educação. É o estado com o maior número de jovens não matriculados em nenhuma escola.

Leiam e reflitam


Pesquisa diz que 3,8 milhões de jovens estão fora da escola
Porém, entre 2000 e 2010, houve um aumento de 9,2% na taxa de acesso à escola, aponta estudo

Estudo feito pelo Movimento Todos pela Educação aponta que 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estavam fora da escola em 2010. Na década (2000-2010), entretanto, houve um aumento de 9,2% na taxa de acesso à escola, segundo o estudo De Olho nas Metas 2011, divulgado nesta terça-feira, 7.

A Região Norte registrou o maior aumento na frequência ao sistema de ensino, com crescimento de 14,2%, o que possibilitou o atendimento de 87,8% das crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos. A Região Sudeste teve o menor avanço na década, expansão de 8%. Ainda assim, é a parte do País com maior índice de jovens matriculados, 92,7%. No Brasil, a taxa de inclusão escolar chega a 91,5%.

Mesmo com o acréscimo nas taxas de frequência, o relatório aponta que o País não conseguiu superar a meta intermediária (de 93,4% de acesso) estabelecida para o ano de 2010.

Com o maior número de jovens em idade escolar (17,3 milhões), a Região Sudeste registra o maior número de crianças e adolescentes fora da escola (1,27 milhão). Desses, 607,2 mil estão no Estado de São Paulo, unidade da federação com maior número de jovens sem estudar. Porcentualmente, no entanto, apenas 7% dos paulistanos entre 4 e 17 anos não frequentam a escola.

Na Região Norte são 579,6 mil jovens que não estão estudando. O Acre é o Estado com a pior taxa de inclusão, 85%, o que representa 35 mil crianças e adolescentes fora do sistema de ensino.

As taxas de acesso à pré-escola permanecem em patamares muito mais baixos que os estabelecidos pelas metas. Crianças de 4 e 5 anos têm a menor taxa de atendimento (80,1%). Na Região Norte, apenas 69% das crianças que deveriam estar na pré-escola estão estudando.

O ensino médio também apresenta uma taxa de frequência menor do que a média. Na faixa de 15 a 17 anos, apenas 83,3% estão inseridos no sistema de ensino, o que representa 1,7 milhão de jovens fora da escola. O menor percentual de acesso é registrado novamente no Norte (81,3%).

O estudo De Olho nas Metas é um relatório anual cujo intuito é acompanhar indicadores educacionais ligados às cinco metas estabelecidas pelo Todos Pela Educação para serem cumpridas até 2022. A primeira meta é chegar ao índice de 98% ou mais das crianças e jovens de 4 a 17 anos matriculados e frequentando a escola no prazo de dez anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário