terça-feira, 19 de março de 2013

As crianças e seus "por quês"


Esta tirinha da Mafalda fez-me lembrar de algumas de minhas aulas de pedagogia e refletir sobre os “por quês” das crianças e as respostas que lhes são dadas (ou, muitas vezes, não são).

“Não podemos subestimar a capacidade das crianças”; “a intervenção pedagógica deve auxiliar o aprendizado, não limitá-lo ou tampouco fazer com que a criança se acomode ou desista do desafio cognitivo”; “a primeira infância é o período de nossas vidas em que, nós, seres humanos, estamos mais abertos ao conhecimento”... Não literalmente, mas, em termos gerais, essas foram algumas das afirmações que ouvi dos meus professores e até de colegas de turma.

Mas, no cotidiano educacional das crianças, tanto em ambiente escolar como em suas casas, com os pais, não é isso o que acontece.

Ao contrário do que deveria ser, os alunos muito “questionadores” nas escolas são rotulados como “revoltados”, “desordeiros”, “desobedientes” e por aí vai...

Em casa, os pais ficam “de saco cheio” de tantos “por quês”. Ameaçam os filhos com um “cala a boca”, ou simplesmente respondem com um “porque sim”, ou um “porque não”.

Os pais são perdoados, pois não têm a formação adequada para entender que os questionamentos fazem parte da construção do conhecimento pelo qual as crianças devem passar. Os professores deveriam entender o processo e saber de sua importância.

No vídeo “Como responder as perguntas das crianças?”, de apenas 2min59seg, a professora Lígia Pacheco dá algumas dicas fundamentais sobre esse ponto. Pais e educadores devem assistir e refletir sobre sua postura.

Para concluir esse texto, faço duas perguntas: Por que você acha que a humanidade funciona tão mal?; Por que você acha que as lagartixas não caem do teto?

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