Escolas privadas de educação básica
reivindicam ao governo federal a desoneração de suas folhas de pagamento para
aumentar investimentos no setor.
Para
especialistas, a medida só aumentará lucro do empresário sem garantir
contrapartidas, como redução das mensalidades ou aumento dos salários dos
professores. A coordenadora geral da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Madalena
Peixoto, diz que o principal problema é que a proposta não obriga as escolas
particulares a oferecerem contrapartidas pela redução de impostos. “O argumento
é que a desoneração permitiria aumentar os investimentos, mas não deixa claro
em quê. Pode ser no prédio, para aumentar o lucro do empresário, sem que ele
tenha de baixar mensalidades, melhorar salários ou diminuir o número de alunos
por sala, por exemplo.”
A presidente do sindicato dos professores
da rede estadual paulista (Apeoesp) e integrante do Conselho Nacional de
Educação (CNE), Maria Izabel Noronha, concorda em parte com essa opinião. Ela defende
a aplicação de verbas públicas nas escolas públicas. Porém, admite que a medida
em discussão não pode ser descartada num momento em que cresce a demanda por
vagas. “Temos uma demanda considerável. O ingresso de 30 milhões de brasileiros
na classe média, e de outros 22 milhões que saíram da linha de pobreza, houve
aumento nas exigências dessa parcela por educação, qualificação. E como se faz
isso de uma hora para outra?”, ponderou.
Como se percebe, a proposta divide as opiniões.
A Rede Brasil Atual publicou excelente reportagem sobre o tema. Leia a reportagem completa, se informe e,
se ainda não tem, vá formando sua opinião própria. O assunto é de grande
interesse das categorias da Educação e promete ferver.
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