sexta-feira, 8 de março de 2013

Haddad mostra seu “respeito” pela igualdade de gênero



Em pleno Dia Internacional das Mulheres a imprensa traz até nós a informação de que uma prefeitura que se diz defensora dos direitos das mulheres e apoiadora da luta pela não discriminação de gênero, apresentou um projeto de aumento salarial que prevê que as professoras (mulheres) tenham que trabalhar por mais três anos após o tempo mínimo de aposentadoria para receber um adicional de 13% sobre o salário. Segundo a imprensa, o projeto é o mesmo que havia sido apresentado pelo Kassab (o prefeito que ama a educação e a categoria – sic).

Mesmo que a imprensa esteja, mais uma vez, sendo oportunista, para não dizer sensacionalista (segundo os próprios textos da Folha, o projeto foi apresentado no início do ano, mas somente agora tiveram destaque na mídia), é bom para refletirmos sobre a prioridade que a prefeitura terá (lembrando que o prefeito foi ministro da Educação).


O projeto fixa que se trabalhe pelo menos 28 anos para que se receba o adicional, independentemente de o profissional ser do sexo feminino ou masculino. Para os homens, que têm que trabalhar ao menos 30 anos é um benefício certo. Para as mulheres, cujo tempo mínimo de trabalho é de 25 anos, é apenas um “estímulo” para que elas trabalhem pelo menos mais três anos (se quiserem receber o benefício).

Essa é a igualdade de gêneros pregada pela prefeitura de São Paulo? Igualdade apenas na idade fixada para o recebimento do acréscimo no salário, mas completa desigualdade para a concessão do benefício. Os homens (professores, que são uma parcela mínima no ensino municipal) continuam sendo os beneficiados, as mulheres precisam se esforçar mais um pouco.

Leiam textos da Folha sobre esse assunto.

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